Foto/ Divulgação PF
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (26/11), a Operação Gimnasio, com o objetivo de desarticular um esquema de política de promoção da migração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos. A ação inclui o cumprimento de três mandatos de busca e apreensão em Tarumirim/MG, além do bloqueio judicial de cerca de R$ 250 mil pertencentes aos investigados.
De acordo com as investigações, os suspeitos promoveram a saída ilegal de cidadãos brasileiros, incluindo crianças e adolescentes, com o objetivo de obter vantagens financeiras. No decorrer da apuração, foi constatado que 36 pessoas foram conduzidas ilegalmente, enfrentando os perigos do deserto mexicano e o risco de ações de grupos criminosos que operam no trânsito clandestino até os Estados Unidos.
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As pessoas envolvidas podem ser responsabilizadas por crimes de promoção de migração ilegal , com agravante para os casos que envolvam menores de idade. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a prática também pode configurar crime de tráfico internacional de menores, dependendo das situações apuradas.
A travessia irregular pela fronteira mexicana é conhecida por ser extremamente arriscada, com relatos de violência, abandono e condições desumanas enfrentadas pelos migrantes. A Polícia Federal reforça que a operação visa não apenas desarticular o crime de grupo, mas também protege possíveis vítimas de um esquema que explora a vulnerabilidade de pessoas em busca de melhores condições de vida.
O nome da operação, Gimnasio , faz referência a um dos métodos utilizados pelos investigados para atrair brasileiros interessados na travessia. Além de cobrar altas quantidades, o grupo lucrava explorando o desespero e a falta de informação das vítimas, expondo os riscos graves durante a trajetória.
A Polícia Federal reforça o alerta sobre os perigos da migração irregular e da atuação de grupos que exploram o desespero das famílias. Além dos riscos à segurança pessoal, quem participa de travessias ilegais também fica sujeito a deportações e sanções legais nos países de destino.
A operação continua em andamento, com o objetivo de localizar outros envolvidos e ampliar as investigações sobre a atuação do esquema.