A Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, sob a orientação da Coordenadora Regional, Dra. Valéria Chaves, a equipe da Polícia Civil, comandada pelo delegado titular, Dr. Manoel Andreetta, informou neste sábado, 11 de novembro, a conclusão das investigações envolvendo o homicídio contra a vítima Clerisvan Rodrigues Pereira, o “Clerinho”, crime corrido na noite do dia 18 de fevereiro deste ano, por volta das 19 horas, em via pública, na Rua Governador José Gonçalves, em frente ao Bar de Vilmarzinho, situado no n.º 36, no Bairro Jardim Planalto, em Teixeira de Freitas. 

Clerisvan Rodrigues Pereira, o “Clerinho” foi morto por engano

O corpo da vítima Clerisvan foi encontrado pelas equipes plantonistas da Polícia, do Departamento de Polícia Técnica e da Polícia Militar durante o levantamento cadavérico, mostrando sinais de violência, com várias perfurações provocadas por disparos de arma de fogo, que atingiram os braços, peito e a cabeça da vítima, além da particularidade de apresentar vários ferimentos provocados por “arma branca” tipo faca. 

Marcelo, o rapaz da direita era quem dava o "golpe de misericórdia" nas vítimas

De acordo com testemunhas, no dia do crime dois indivíduos desceram de uma motocicleta, até então não identificada, e ao se aproximarem da vítima, que estava conversando com terceiras pessoas em frente ao Bar, sem qualquer aviso, efetuaram vários disparos contra a mesma, oportunidade em que o carona desferiu ainda vários golpes de faca, para após deixarem o local do crime, tomando rumo ignorado. 

Eduardo de Morais Santana, o "Dudu"

Com as investigações realizadas pela equipe da Polícia Civil passou-se a saber que o crime foi praticado por engano, sendo a vítima confundida com o traficante de drogas identificado como Eduardo de Morais Santana, o “Dudu”, integrante do “Grupo de Lampião”, que hoje cumpre pena no CPTF, e que seria o verdadeiro alvo dos executores, este que havia saído do Bar de Vilmarzinho há poucos instantes, sendo certo que, por puro azar ou infortúnio da vítima, o traficante “Dudu” estava usando um boné de cor preta, igual ao que a vítima estava usando no momento do crime. 

Com efeito, durante o transcorrer das investigações, a Polícia apurou que o crime teve como motivação a disputa de grupos rivais de traficantes, o “Grupo do Gueto” contra o “Grupo de Lampião”, que disputavam o controle do tráfico nos Bairros Bela Vista, Jardim Planalto, Vila Verde e Jardim Caraípe, contando com a participação de detentos custodiados na CPTF. 

De fato, no transcorrer das investigações, a polícia descobriu que os executores da vítima foram as pessoas identificadas por Ezequiel Alves de Alcântara, o “Patati” e Marcelo Teixeira de Silva, o “Cowboy” ou “Frankstain”, ambos pertencentes ao “Grupo do Gueto”, responsáveis pela prática de vários crimes de homicídio neste município entre o segundo semestre de 2016 e o primeiro semestre de 2017, os quais utilizaram o veículo motocicleta XRE de cor preta fosca, com detalhes em azul, placa FSP-4815/Guarulhos/SP., para executar o crime. 

Moto utilizada no crime, pertencente ao Grupo de Traficantes denominado “GRUPO DO GUETO” 

Como detalhe, vale frisar que o autor Marcelo o “Cowboy” ou “Frankstain”, deixava uma espécie de “assinatura do crime” na forma como praticava os homicídios, posto que, utilizava de suas habilidades como vaqueiro para dar o “golpe de misericórdia” nas vítimas, utilizando uma faca para acabar de matá-las. Consta a disputa entre os dois grupos de traficantes, desencadeou uma verdadeira “guerra urbana”, nos referidos bairros, terminando com a morte de várias vítimas neste município, fatos que ainda estão sendo investigados pela Polícia. O procedimento encontra-se em fase de saneamento e conclusão, sendo encaminhado para os Delegados adjuntos, atuantes na Delegacia Territorial que ficaram responsáveis por promoverem a conclusão do feito através da elaboração do competente relatório final.