O soldado da Polícia Militar Rodrigo de Oliveira Silva, que foi flagrado se masturbando em frente a uma escola particular de Vitória, em maio deste ano, foi excluído da corporação. A informação está no Boletim Geral da Polícia Militar (BGPM) desta quinta-feira (20). A defesa do acusado disse que vai recorrer da decisão.
Foto: G1
Conforme decisão da PM, o soldado apresentou conduta "incompatível com os princípios da ética e valores militares, além de denegrir a imagem da Corporação perante a sociedade". Ele foi condenado em Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
O soldado está afastado da PM desde 18 de maio e foi preso uma semana depois. Segundo a assessoria da Polícia Militar, ele segue preso por uma decisão judicial da Comarca de Colatina.
O G1 entrou em contato com a defesa de Rodrigo, que informou que vai recorrer da decisão de desligamento do soldado. Ainda disse que "as denúncias feitas ao acusado, na esfera criminal, ainda estão em andamento, não há condenação imposta ao acusado."
O caso
O flagrante do soldado se masturbando em frente a escola foi feito por uma mãe de aluno, através de um vídeo, no dia 17 de maio. Ela denunciou o policial, registrando boletim de ocorrência, no 6º DP em Jardim Camburi. Na época dos fatos, ela contou como foi o ocorrido e disse que ficou revoltada com a atitude do homem.
“Ele destravou o carro, que estava do lado que eu estava encostada, entrou no carro, abaixou os vidros, pegou um jornal e começou a ler e perguntou se eu trabalhava ali perto. Eu respondi que não e não dei mais assunto. Foi quando eu ouvi tipo um som raspando a garganta, para chamar a atenção. E eu percebi que o que ele estava fazendo. Ele estava com o órgão genital para fora, se masturbando”, disse.
A mulher também tirou a foto da placa do carro e registrou um boletim de ocorrência.
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Boletim de ocorrência foi registrado na polícia — Foto: Samy Ferreira/ TV Gazeta
“Passou na minha cabeça que ele pudesse estar fazendo uma criança passar por uma situação constrangedora e que está calada. A minha vontade naquele momento era fazer barraco. Gritar, partir para cima dele, bater nele, mas graças a Deus consegui manter a frieza. Eu falei que eu preciso provar isso. Eu puxei a câmera e comecei a fotografar ele. Ele viu que eu estava fotografando, ele acelerou o carro e saiu”, completou.
Abuso de menina de 11 anos
Depois da divulgação das fotos do soldado, uma vendedora ambulante disse que a filha dela já foi vítima dele em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo.
Segundo a mulher, que preferiu não se identificar, ela registrou boletim de ocorrência e denunciou o caso ao Conselho da cidade.
“Ele começou a fazer sinal para ela da janela do prédio onde ele morava, e daí começou o contato. Fazia ronda na porta da escola, até que ele viu ela na porta da escola e começou a abordar ela, conversando, e fazendo a cabeça dela”, explicou.
De acordo com a mãe, a filha, na época com 12 anos, contou que manteve contato com o policial.