Já pensou em ganhar dinheiro com uma plantação de uva? Pois é! No município de Lajedão o prefeito Humberto Carvalho Cortes, o “Betão” (DEM), descobriu que o seu território tem uma terra propícia para a plantação de uva e não perdeu tempo, foi buscar ajuda dos técnicos da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que é uma instituição pública de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca.
Com a crise economia os municípios de Lajedão e Ibirapuã perderam as suas duas maiores geradoras de empregos, as Usinas Sucroalcooleiras, Unial e Ibirálcool, que fecharam suas portas no meados de 2016. E os municípios precisam se reinventar para que tudo não fique nas costas das Prefeituras. Em Lajedão o prefeito está encontrando uma nova saída com o plantio de uva no município, até que as usinas de destilarias de álcool voltem a aquecer a economia da região.
O prefeito Betão reservou uma área rural próxima da cidade e está realizando as primeiras experiências com os técnicos da EMBRAPA que já certificaram que as terras de Lajedão são propícias para o plantio de uva. Inicialmente no “campo de teste” foram plantados 400 pés de uva e o objetivo, obtendo resultados positivos na prática, é desenvolver o plantio para todo o território como forma de incentivar os pequenos e grandes produtores a plantar uva.
Conforme o prefeito Betão, há quem pense que as melhores oportunidades de negócio estão nos grandes centros urbanos. No entanto, não é bem por aí, há diversas atividades que podem ser desenvolvidas na zona rural e que são tão ou mais lucrativas que as demais. A exemplo disso, pode-se citar o cultivo de uva, que é uma fruta muito consumida no Brasil, tanto in natura quanto processada e transformada em vinho, sucos, entre outras bebidas e alimentos.
Para ele o cultivo de uva pode ser um negócio altamente lucrativo, mas requer inúmeros cuidados, visto que se trata de uma fruta frágil e que se dá melhor em regiões com temperaturas mais amenas, como é o caso de Lajedão que é a cidade com a temperatura mais inferior de todo extremo sul baiano e é menos 5 graus do que qualquer outra cidade da mesorregião da tríplice fronteira.
No plantio de teste em Lajedão, o prefeito Betão implantou um serviço de gotejamento para manter os pés irrigados. Segundo ele, a uva é muito exigente em termos de tecnologia, quando se pensa em clima tropical. Mas, em compensação, possibilita até duas safras e meia por ano. Na região temperada, se consegue apenas uma. Para isso precisa de uma tecnologia diferenciada com relação a manejo. O prefeito explica que, diferente do que pensa a maior parte dos produtores mais leigos, as videiras gostam do calor. No frio a uva dorme e produz menos. No calor ela é mais produtiva e contém mais açúcares.
Estima-se que são precisos 10 hectares de café para se conseguir a mesma rentabilidade de um hectare de uva. Atualmente, o abastecimento da fruta no mercado do vizinho Estado do Espírito Santo é feito por meio de importação de países como Estados Unidos, Chile e Argentina. O Estado do Pernambuco, por meio da região de Petrolina, no vale do Rio São Francisco, também é hoje um grande vendedor de uva para o resto do Brasil e para o exterior. Esse é um fator que anima Betão e se motiva com o projeto no incentivo aos pequenos produtores do município com o início da plantação de uva que poderá ser um negócio lucrativo em Lajedão.