No último final de semana (09 a 11) uma turma de Teixeira de Freitas realizou uma excursão ao Pico da Bandeira, o terceiro ponto mais alto do Brasil.
A aventura foi planejada e executada por Rafael Frois, jovem teixeirense com ampla experiência em Aventura na Natureza.
Foto: Organizador da excurssão, Rafael Frois
O grupo de 49 pessoas partiu na sexta-feira, dia 9, com destino a cidade mineira de Alto Caparaó, no intuito de subir Pico da Bandeira, situado No Parque Nacional do Caparaó, a Serra do Caparaó, as divisas entre os Municípios de Ibitirama (ES) e Alto Caparaó (MG).
Ao todo foram 6,900 metros de caminhada até o ponto mais alto onde se descortina uma grande sensação de liberdade. No dia 10, sábado, o grupo saiu da pousada e foi levado de jipe até a Tronqueira de lá caminharam cerca de 3,700 metros até um local conhecido como “terreirão” onde ficaram acampados, e por volta das 2:30 da madrugada dia 11, domingo, partiram para o trajeto mais íngreme de 3,200 metros de caminhada.
O Pico da Bandeira, terceiro ponto mais alto do País, é um dos mirantes mais conhecidos de Minas. Seus 2.989 metros deixam qualquer um sem fôlego – não pela altitude, mas pela espetacular vista 360º do lugar. Do alto, a turma pôde avistar o Pico do Cristal, a Pedra Menina, o Pico do Calçado e até cidades próximas de Alto Caparaó, ponto de partida para se conhecer o Pico da Bandeira. Ir até lá durante a noite foi uma experiência única, principalmente pela recompensa que se tem ao chegar ao alto: o dia estará amanhecendo, trazendo o sol para tomar conta do espetáculo.
O grupo, como era muito grande, foi orientado por dois guias profissionais neste percurso. Pelas baixas temperaturas, o trajeto exige roupas e agasalhos apropriados.
É impossível colocar em palavras a sensação de prazer que eu Fernanda, quando, ao final da trilha, no auge da exaustão muscular e psicológica, contemplei do alto de mais de dois mil metros de altitude uma paisagem de montanhas, rios, nuvens, um céu azul e o sol emergindo no raiar de um novo dia. Totalmente despreparada fisicamente, com uma falta de ar terrível, é de se esperar que eu tivesse uma dificuldade além do normal. Já nos primeiros cinco minutos meu corpo dá sinais de cansaço. A mente pede para parar. As primeiras dores aparecem. O corpo implora pelo descanso. Desistir é uma opção. A mais fácil delas. “Por que eu aceitei isso?”, pensei. Enquanto subia o Pico da Bandeira, tive dores musculares com apenas 20 minutos de caminhada na segunda parte do percurso. Foi aí que o apoio chegou. Agradeço ao meu marido Ronaldo Bozi, que fez questão de ficar para trás e me acompanhar no meu ritmo. Ele não me deixou em momento algum desistir, e olha que foram vários. Ao meu mais novo amigo Frois que sempre perguntava como eu estava e dizia pra eu ir no meu ritmo, pois assim eu conseguiria, e ele estava certo. Foi uma das vistas mais bonitas que tive o prazer de contemplar. Creio que agora tomei gosto pela atividade e vou tentar seguir superando os meus limites. Saí da minha zona de conforto, enfrentei frio, cansaço, fortaleci mente. Que venham outras montanhas.
Frois disse a nossa reportagem que a experiência foi tão boa, que ano que vem (2020) fará uma nova excursão ao Pico da Bandeira e quem tiver interesse em ir é só entrar em contato com ele pelo instagram: @mochileirofrois ou pelo WhatsApp: (73) 99932-9930.
Fotos e vídeos: Participantes da excurssão / Rafael Frois