10. Maria I (Portugal, 1734-1816)
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A mãe de dom João VI já era problemática quando foi abalada pela morte de seu marido Pedro III, em 1786, e do seu filho, o príncipe herdeiro dom José, em 1788. Extremamente religiosa, ficou obcecada pela ideia de que estavam no inferno. Dormia só de três a quatro horas por noite e corria de madrugada seminua pelo palácio de Queluz, soltando berros horrendos. Declarada incapaz em 1792, foi parar na camisa de força e tratada com banhos de água gelada.
9. Sultão Ibrahim (Império Otomano, 1615-1648)
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O apetite sexual do sultão, que cresceu preso num harém, era legendário. Diziam ter inventado novas posições sexuais. Um dia, andando em sua carruagem, se encantou com as partes de uma vaca e pediu que encontrassem uma mulher igual. A escolhida pesava 149 quilos e foi apelidada por ele de Sechir Para (“Torrão de Açúcar”). Numa crise de ciúmes, mandou jogar no Estreito de Bósforo 280 de suas mulheres – Torrão foi poupada. Foi deposto e executado.
8. George III (Reino Unido, 1738-1820)
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O rei que perdeu a guerra de independência dos EUA ficava horas falando sem parar e chegava a espumar pela boca, conversando com os mortos e anjos, porque se acreditava morto e no paraíso. Foi afastado do trono em 1810, durante a ameaça napoleônica. No Natal de 1819, cerca de um mês antes de sua morte, a crise durou 58 horas. As más línguas diziam que certa vez o monarca cumprimentou uma árvore acreditando ser o rei da Prússia.
7. Príncipe Sado (Coreia, 1735-1762)
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A insanidade do príncipe da Coreia foi desencadeada logo após se recuperar de sarampo. Tinha pesadelos e delírios todas as noites, cada dia mais violentos. Passou a espancar seus eunucos para aliviar o estresse, e depois começou a matá-los por qualquer razão – por exemplo, se não trouxessem roupas de seu agrado. Também estuprava qualquer mulher em seu caminho. Por ordens do pai, foi preso num baú de arroz até morrer de sede, oito dias depois.
6. Qin Shi Huang (China, 259-210 a.C)
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Primeiro imperador da China unificada e brutal tirano, tinha uma obsessão por se tornar imortal, literalmente. Aceitava todo tipo de alquimista e charlatão que lhe propusesse uma “cura” para a morte e tratou-se com mercúrio – que o deixaria insano. Mandou uma ampla expedição atrás de uma bruxa de mil anos que teria o elixir – nunca voltaram. Percebendo que falhara, ordenou uma tumba com réplicas de seu Exército. E rios de... mercúrio.
5. Ivan IV (Rússia, 1530-1584)
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Não foi apelidado de “Terrível” à toa. Sua loucura era a fúria. Após a morte da primeira esposa, em 1560, mandou julgar todos os seus conselheiros por bruxaria. Na invasão de Novgorod, em 1570, matou até 15 mil pessoas para punir dois administradores corruptos. Levou ao fim da própria linhagem ao mandar espancar a nora, grávida, por achar suas roupas “inapropriadas”, causando o aborto. Ao confrontá-lo, seu filho acabou morto a bengaladas.
4. Carlos VI (França, 1368-1422)
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Tinha apenas 11 anos quando assumiu o trono e ganhou o apelido de Carlos, o Amado. Até uma expedição militar em 1392, na qual se voltou contra seus cavaleiros, matando quatro deles, e quase também o seu irmão, Luis de Orléans. Depois disso, passou a delirar, acreditando que era feito de vidro, não deixando que ninguém o tocasse e andando com roupas reforçadas para impedir que se partisse. Vez ou outra, corria até a exaustão, gritando que estava sendo perseguido por inimigos invisíveis.
3. Justino II (Império Romano do Oriente, 520-578)
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Subiu ao trono crente que poderia recuperar a glória de Roma. Quebrou todos os acordos de paz e, diante de uma série de derrotas, perdeu sua sanidade. A partir daí, ordenou que um órgão fosse tocado o dia todo no palácio, para controlar seus nervos. Passou a ser empurrado em um trono de rodas, dando dentadas em quem tivesse o azar de estar do lado. Chegou-se a dizer que havia devorado alguns. Mas, num momento de sanidade, abdicou.
2. Lúcio Aurélio Cômodo (Roma, 161-192)
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Achava-se a reencarnação do semideus Hércules. Para mostrar sua bravura, enfrentava animais e pessoas no Coliseu – um dia matou 100 leões. Em outras ocasiões, mandava amarrar deficientes físicos para massacrá-los com maças, reencenando as lutas de Hércules. Tentou mudar o nome de Roma para Colonia Commodiana e exigiu que os romanos chamassem a si mesmos de “comodianos”. Foi morto por seu treinador.
1. Al Hakim (Egito, 985-1021)
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Quebrou a tradição de tolerância de seus antecessores, perseguindo cristãos e judeus, destruindo templos e matando peregrinos – dando a justificativa principal para as cruzadas. Proibiu as mulheres de sair às ruas e confiscou seus sapatos para garantir. Mandou matar todos os cães do Cairo. Se isso soa como ações de um fanático islâmico, ele também cometeu a maior heresia possível na religião: aceitou ser chamado de Deus na Terra. Aos 36 anos, simplesmente sumiu