Os líderes do movimento de ocupação da Lagoa Grande, em Prado, se reuniram neste domingo (21), com centenas de famílias que atualmente ocupam a área, para discutir diretrizes e os próximos passos da mobilização.
De acordo com os representantes, a origem do impasse remonta a 1973, quando o então prefeito do município, Jaime Mascarenhas, cedeu parte do terreno a um empresário com a finalidade de implantação de um loteamento. Passados 52 anos, nada foi construído. O espaço, que inicialmente tinha alguns hectares, hoje se estende por quase mil hectares, chegando próximo à Praia da Paixão.
A situação ganhou repercussão após ser mencionada em debates na Câmara Municipal. Desde então, famílias em busca de moradia passaram a ocupar o local, alegando que a terra não vem cumprindo sua função social e estaria sendo utilizada apenas como forma de valorização patrimonial.
Segundo os líderes do movimento, o objetivo é dar voz às famílias que vivem em situação de vulnerabilidade habitacional e pressionar o poder público a intervir, garantindo uma solução definitiva para o impasse.
A expectativa é que novas reuniões sejam realizadas nos próximos dias para definir estratégias de diálogo com autoridades municipais, estaduais e até federais, a fim de buscar alternativas legais e sociais para os ocupantes da Lagoa Grande.