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O Tribunal do Júri realizado ontem, dia 25, em Camacã, condenou uma mulher a pena de 13 anos de prisão por atropelar e matar uma criança de quatro anos em 2021, no Município de Pau Brasil. Conforme a denúncia, Tehiana Gomes de Freitas Pataxó, admitiu ter dirigido o carro envolvido no acidente, mesmo sem ser habilitada e nunca ter conduzido um veículo automático antes. 

Ela alegou ter avistado uma motocicleta, da qual teria tentado desviar, jogando o carro para o passeio de uma casa para frear o veículo, quando atingiu a vítima. O garoto ficou preso entre a parede de uma casa e o carro, o que causou sua morte por traumatismo cranioencefálico.

A acusação foi sustentada no Júri pela promotora de Justiça Cinthia Portela. Na decisão, o juiz Felipe Remonato decretou a prisão preventiva de Tehiana Pataxó em razão das circunstâncias do crime e da gravidade do fato. A ré cumprirá a pena em regime fechado. O namorado de Tehiana Pataxó, Renato dos Santos Rocha, que é proprietário do veículo, foi condenado a dois anos e oito meses de prisão por homicídio culposo, e teve suspenso o direito de dirigir pelo período de dois anos e oito meses. Ele emprestou o carro para Tehiana e estava com ela no momento do acidente. Renato cumprirá a pena em regime aberto.

O caso ocorreu por volta das 19h20 em frente a uma casa na Travessa Ivete Nogueira, no centro do Município de Pau Brasil. Mesmo diante da gravidade das lesões na vítima, os denunciados fugiram do local sem prestar-lhe socorro.

Após a decisão da justiça que condenou Tehiana Pataxó a 13 anos de prisão, indígenas de diversas etnias que estão acampados desde a última sexta-feira (29), ao lado do Conjunto Penal de Itabuna protestaram contra a condenação da mulher indígena responsável pela morte de Enzo Gabriel Oliveira dos Santos, de apenas 04 anos imprensado contra a parede de sua casa por uma caminhonete conduzida pela acusado, fato ocorrido em 2021 na cidade de Pau Brasil, no sul da Bahia.

Indígenas das etnias Pataxós Imboré e Hãhãhãe das cidades de Pau Brasil, Itajú do Colônia e Camacã estãoa guardando a chegada de indígenas de outros estados para reforçar o pretexto contra a prisão de Tehiana Pataxó.