O movimento pela ocupação da área do bairro Lagoa Grande, em Prado, ganhou novos desdobramentos no último domingo (05 de outubro), após uma reunião entre representantes da comunidade, lideranças locais e apoiadores da causa. O encontro reafirmou o compromisso do grupo com a luta por moradia digna e destacou avanços nas tratativas junto a órgãos públicos.
Durante o encontro, os representantes enfatizaram que o movimento é pacífico e legítimo, sem qualquer relação com novas tentativas de invasão. A Associação do Bairro Lagoa Grande informou que já protocolou, junto à Superintendência de Desenvolvimento Agrário (SDA), o pedido do documento discriminatório da área — medida considerada fundamental para assegurar segurança jurídica às famílias envolvidas no processo de regularização fundiária.
A reunião também abordou preocupações ambientais. Os organizadores repudiaram queimadas e outras ações que possam causar danos à região, ressaltando que o objetivo do movimento é transformar áreas ociosas em espaços de moradia e dignidade, e não em foco de conflitos ou degradação ambiental.
Na próxima terça-feira (07 de outubro), o grupo pretende ocupar novamente o plenário da Câmara de Vereadores de Prado, buscando ampliar o diálogo com o poder público e conquistar apoio político para a causa. Além disso, uma audiência está prevista para ocorrer em Salvador, onde representantes do Lagoa Grande deverão apresentar a situação das famílias e discutir as próximas etapas da regularização junto a autoridades estaduais.
Mais do que uma disputa por território, o movimento do Lagoa Grande tem se consolidado como um símbolo de resistência e justiça social. A mobilização reflete a busca por reconhecimento e direitos básicos, transformando-se em uma voz que ultrapassa os limites do município de Prado.
Nesta trça-feira (07), integrantes do movimento estivram na Câmara Municipal durante a sessão plenária tentando sensibilizar os vereadores a aderir a causa das mais de 1500 família que estão lutando por moradia digna.