A jovem teixeirense de 25 anos, Daniela dos Santos Barbosa de 25 anos, moradora do bairro Estância Biquini já tinha perdido a esperança de ter um coração saudável batendo dentro do peito, a chance de conseguir um doador compatível era mínima até receber uma ligação de uma família mineira. Daniela é filha de um guarda municipal e só um transplante salvaria a jovem de uma morte certa.
A família de um mineiro, que morreu em um acidente de trânsito, deu mais uma chance para Daniela, que é portadora de miocardiopatia dilatada, conhecida popularmente como coração grande. Daniela teria alta no dia 12. Pouco restava a fazer, afinal doações são difíceis de acontecer. Mas na noite anterior a alta veio a surpresa, uma notícia mudaria toda a história, segundo o Dr. Assad, um dos médicos responsáveis pelo transplante.
A boa notícia veio um dia antes. A Central Nacional de Captação de Órgãos e Tecidos (CNCDO) entrou em contato para informar que havia um doador compatível em São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais, de um jovem, de 21 anos, que morreu vítima de acidente de trânsito. Após a busca do órgão, por um avião fretado pela FAB, e um longo processo de transplante, em 40 minutos o coração estava batendo no peito de Daniela. A cirurgia foi realizada no dia 12 de abril, no Hospital Evangélico de Vila Velha.
“Eram 22h quando recebi a ligação da Central Nacional de Captação de Órgãos e Tecidos (CNCDO) que havia um doador compatível em São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais”, explica o cirurgião responsável pelo transplante Dr. Luiz Renato Daroz. No dia seguinte ele e e o Dr. Assad seguiram em avião fretado pela FAB. Eles seriam os responsáveis por captar e transportar o coração.
Segundo o Dr. Assad, Daniela só tinha 7% de chance de conseguir um doador compatível com o quadro clinico dela. “Ela estava quase morrendo”, disse o cirurgião membro da equipe ao Gazetaonline. Daniela se recupera bem, sem que houvesse qualquer intercorrência, tanto que em pouco mais de 12 horas após o transplante ela já se alimentava normalmente. Ela, que não tinha mais esperança de vida, vai poder rever o filho de dois anos, que não vê há três meses.