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MLT faz assembleia para definir novas estratégias referentes ao terreno da Grendene

Por Neuza em 25/01/2016 às 09:46

 

 

 

O Movimento de Luta por Terra (MLT) esteve reunido no final da tarde deste domingo, 24 de janeiro, com os ocupantes da área Rosa de Luxemburgo, ou área da Grendene, para traças novas estratégias quanto á ocupação.

Segundo Leonardo, líder do movimento luta por terra, a assembleia teve como finalidade colocar para os ocupantes da área que antigamente era da empresa Grendene, área do estado que foi cedida para a Grendene, para construir a fabrica desde que a Grendene oferecesse mil empregos diretos e depois de algum tempo a fábrica fosse expandida, mas passados quase dez anos ela não cumpriu a sua função social.

 


Em março do ano passado, mas precisamente no dia 07 de março de 2015, os trabalhadores e trabalhadoras sem teto, resolveram ocupar a área de dois alqueirões de terra, liderados pelo MLT (Movimento de Luta por Teto), e segundo Leonardo, desde então, eles estão na luta para alojar as família que não tem um teto para morar. "eles já entraram com alguns pedidos de liminar a justiça negou, agora nos estamos organizando a comunidade para mais uma vez irmos ate o juiz mostrar nossa real situação para que o juiz entenda a necessidade da moradia, que tem direito constitucional garantido” disse Feitosa.

 

 

Algumas famílias já estão construindo suas casas, e segundo Leonardo, estão fazendo mesmo sem a decisão final da justiça, por causa da necessidade, "ninguém consegue viver com um salario mínimo, o salário hoje é um salario de fome, então as pessoas não conseguem conviver com isso, e muitas vezes se fizer as compras do mês não da pra pagar aluguel, e se pagar aluguem não da pra fazer as compras do mês, na verdade isso aqui é uma luta, é um movimento com a finalidade de garantir a função social da terra que pra nos é moradia, não tem justificativa nenhuma uma área deste tamanho ficar aqui obsoleta, um latifúndio improdutivo de uma empresa que tem milhões e milhões que veio pra cá com uma promessa de gerar 1200 empregos. E hoje eu desafio a imprensa a ir lá dentro e achar pelo menos 100 funcionários, que não tem” falou Leonardo justificando porque a ocupação aconteceu.

"Este povo que aqui está são pessoas necessitadas, ai o pessoal vem e fala...há...ai tem gente de carrão”, tudo mentira, o juiz já esteve aqui dentro da área, já viu o povo que aqui esta ocupando, e sabe que aqui tem pessoas necessitada, então a necessidade fez com que o povo entrasse nesta luta e ocupassem essa área pra garantir o direito a moradia. O pessoa costuma dizer "invasão”, não, isso aqui é ocupação. Invasão parte-se do pressuposto que você esta tirando o direito de alguém, ocupação parte-se do pressuposto que você esta lutando por direito.

 

 


Cerca de duas mil famílias estão lutando pelo direito a moradia no acampamento Rosa de Luxemburgo e Leonardo espera que a justiça emita parecer favorável assim que acabar o recesso, enquanto isso, eles farão algumas concentrações em prol do movimento.

Na assembleia ficou decidido que o movimento vai aguardar ate o final do mês á questão judicial, e que do dia primeiro de fevereiro em diante eles vão eleger uma comissão para ir até o juiz para conversar a necessidade do povo que esta acampado, e que segundo Feitosa, tem direito a doação dos terrenos para construírem suas casas.

Na assembleia de hoje nos decidimos que vamos aguardar ate o final do mês a questão judicial, e que do dia primeiro de fevereiro em diante nos vamos estar nos organizando pra ir ate a presença do juiz, claro que nos elegeremos uma comissão para estarmos conversando com o juiz com o intuito de pedir a ele que a justiça abra os olhos, que veja a necessidade deste povo que esta aqui, e que de definitivamente o direito de doação pra essas pessoas que precisam.


Fonte: Neuza Brizola/Bahiaextremosul.

Tags:   Teixeira de Freitas
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