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O Horário de Verão é um tema que costuma gerar debates acalorados no Brasil, dividindo a população entre aqueles que o amam e os que o odeiam. Em 2019, a controvérsia atingiu seu auge quando o então presidente Jair Bolsonaro decidiu suspender a prática, alegando falta de necessidade. Desde então, o país não adotou mais o Horário de Verão.
Recentemente, o Ministério de Minas e Energia (MME) avaliou a situação e anunciou que não há planos de reintroduzir o Horário de Verão neste ano. Segundo o MME, graças a um planejamento seguro implementado nos primeiros meses do governo, não há indícios de que a medida seja necessária para garantir o fornecimento de energia elétrica no país.
Uma análise do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também corrobora essa decisão, observando que o período seco está chegando ao fim, tornando os níveis de Energia Armazenada (EAR) mais relevantes. De acordo com o ONS, a região Sul apresenta a maior indicação de EAR, com 86,3%, enquanto as demais regiões têm números que variam de 68% a 77%.
No entanto, vale ressaltar que a coluna buscou mais informações sobre a análise do MME e tentou esclarecimentos com a Casa Civil para confirmar se a decisão de abolir o Horário de Verão é definitiva, mas até o momento não obteve resposta.
O Horário de Verão é uma tradição que teve seu início no Brasil em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas. Foi padronizado e regulamentado por Luiz Inácio Lula da Silva em 2008, no seu segundo mandato como presidente. Até sua suspensão em 2019, o Horário de Verão começava nos primeiros finais de semana de outubro e terminava no final de fevereiro, com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica e aproveitar a luz natural.
No entanto, após ser eleito presidente novamente em novembro do ano passado, Lula realizou uma enquete em seu Twitter para ouvir a opinião da população sobre o Horário de Verão. Cerca de 2 milhões de interações foram registradas, com 66,2% dos participantes favoráveis à volta da prática e 33,8% contrários. Entre os apoiadores da medida estava a primeira-dama, Janja da Silva.
Assim, enquanto o debate sobre o Horário de Verão continua aceso no Brasil, o governo mantém sua decisão de não adotar a medida neste ano, baseando-se em análises técnicas e na opinião da população expressa nas redes sociais. A questão permanece como um dos temas que dividem a opinião pública no país.