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A menstruação pode ser uma experiência completamente diferente para cada mulher. Há aquelas, por exemplo, que têm pouco controle sobre o próprio ciclo, muitas vezes porque menstruam muito pouco. Por outro lado, há também aquelas que temem a chegada do período menstrual, geralmente por conta de um fluxo intenso.
De acordo com um estudo apresentado pela empresa química e farmacêutica Bayer à Agência Nacional de Saúde, uma em cada 10 mulheres sofrem de Sangramento Uterino Anormal (SUA), o que causa o fluxo intenso durante a menstruação. Além disso, a pesquisa também indicou que 59% delas não sabem que sofrem com a condição.
Para perceber qualquer anormalidade, é preciso estar atenta ao ritmo da menstruação. A mulher que necessita de mais de 16 absorventes por ciclo, por exemplo, certamente sofre algum tipo de desregulação em seu corpo.
Causas do fluxo intenso
A ginecologista Dra. Viviane Monteiro aconselha que mulheres que têm experiências de um fluxo menstrual excessivamente intenso e longo devem procurar ginecologista o mais rápido possível, pois pode se tratar de menometrorragia ou menorragia, uma condição que afeta negativamente a qualidade de vida e saúde delas.
"Muitas consequências e complicações podem surgir de um fluxo menstrual muito intenso e longo, como a anemia, por perda de nutrientes com o sangramento em excesso, desconforto e dor, além de poder ser um alerta para complicações futuras como miomas uterinos, pólipos, distúrbios de coagulação ou problemas hormonais", alerta.
Como tratar o Sangramento Uterino Anormal (SUA)?
O único tratamento disponível para SUA no Sistema de Saúde Suplementar é invasivo. Trata-se da histerectomia, que consiste na retirada do útero, podendo atingir ovários e trompas, dependendo da gravidade.
Especialistas de saúde apontam que a escolha do contraceptivo pode ajudar muito e o implante do Dispositivo Intra-Uterino (DIU) hormonal para auxiliar no combate ao sangramento excessivo.
"O Dispositivo Intrauterino (DIU) é uma opção de tratamento que pode ser eficaz para ajudar a controlar o sangramento excessivo da menstruação, além de não ser tão invasivo como uma cirurgia. O DIU pode reduzir o fluxo em até 98%. Os hormônios presentes no DIU atuam diretamente no útero, afinando o revestimento, que diminui o fluxo e também as cólicas.", destaca Viviane Monteiro.