Um menino de 3 anos sofreu queimaduras graves no rosto e no corpo após um balão de gás explodir enquanto ele brincava em casa, na segunda-feira (20), na cidade de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. O garoto segue internado nesta terça-feira (21), sem previsão de alta.
Daffeny Melo, de 37 anos, mãe da criança, relatou ao g1 que comprou o balão de um ambulante em Arraial D’Ajuda, distrito turístico de Porto Seguro, na sexta-feira (18). Contudo, o filho só pediu para brincar com o balão na segunda, momento em que o acidente ocorreu.
“Foi um susto muito grande, questão de segundos. Entreguei o balão para ele e estourou. Só vi pegando fogo e fiquei desesperada”, contou Daffeny.
A explosão causou queimaduras no cabelo, sobrancelhas, cílios, pescoço e peito do menino. Inicialmente, ele foi socorrido pela família e levado a um hospital local, onde recebeu tratamento com pomadas e foi liberado. Preocupada com o estado do filho, a mãe decidiu levá-lo ao Hospital José Ramos de Oliveira, em Eunápolis, também no extremo sul baiano.
“Ele está internado porque os médicos suspeitam que o balão foi preenchido com gás adulterado, ao invés do hélio, que é seguro. Eles estão investigando que tipo de gás ele inalou e monitorando sua saúde”, explicou a mãe. Apesar da explosão, o balão permaneceu intacto.
Segundo Daffeny, o menino está consciente e não sente dores devido aos medicamentos fortes que está recebendo. “As queimaduras foram bem graves. Ele teve o rosto quase todo queimado”, lamentou.
Alerta sobre o uso de balões
O major Enrico Arruda, subcomandante do 6º Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) de Porto Seguro, alertou para os riscos na compra de balões de gás.
“É essencial garantir que o balão seja preenchido com gás hélio, que não é tóxico nem inflamável. Outros gases podem provocar graves acidentes”, explicou em entrevista à TV Santa Cruz.
Investigação
Daffeny Melo registrou um boletim de ocorrência nesta terça-feira (21) para que o caso seja esclarecido e o ambulante responsável pela venda do balão seja identificado. A Polícia Civil de Porto Seguro está investigando a situação.
O caso serve como alerta para pais e responsáveis, reforçando a importância de verificar a procedência dos produtos adquiridos, especialmente itens que possam representar riscos à segurança das crianças.