As ruas do município do Prado foram palco de uma grande mobilização popular na manhã desta terça-feira, 25 de novembro. Mais de 1.500 pessoas participaram de uma passeata organizada pelo MUAF – Movimento Único da Agricultura Familiar, reivindicando a legalização e demarcação da área conhecida como BASEVI, localizada no bairro Lagoa Grande, onde dezenas de famílias vivem em ocupação.
A concentração ocorreu em frente à Câmara de Vereadores, de onde a multidão seguiu em marcha pelas principais avenidas da cidade. Munidos de cartazes, faixas e acompanhados por um carro de som, os participantes entoavam palavras de ordem pedindo moradia digna, reconhecimento da área e ação imediata das autoridades públicas.
A manifestação foi composta majoritariamente por famílias da Associação Lagoa Grande, que defendem que o terreno da BASEVI é uma área de domínio público e, por isso, pode e deve ser regularizado para fins habitacionais. Segundo os organizadores, o objetivo da marcha foi “sensibilizar o poder público e a Justiça para a urgência da situação”.
Atualmente, as famílias aguardam decisão judicial sobre a discriminatória da área, processo que definiria oficialmente os limites e a posse do terreno. A regularização permitiria que os moradores construíssem suas casas de forma legal, garantindo segurança, infraestrutura e acesso a políticas públicas essenciais.
Durante a sessão na Câmara de Vereadores, Dr. Fabiano, representante do Legislativo se pronunciou sobre a ocupação do bairro Lagoa Grande. O vereador se manifestou em apoio às famílias, reconhecendo a importância social da causa e destacando a necessidade de celeridade por parte do Judiciário.
O parlamentar reforçou que a demanda por moradia é histórica e que o impasse fundiário impede o desenvolvimento pleno do bairro, além de gerar insegurança para as famílias ocupam a área. Ele também afirmou que continuará acompanhando o processo, buscando diálogo com órgãos competentes para acelerar a solução.
A BASEVI se tornou, nos últimos anos, uma das principais pautas relacionadas à habitação no Prado. O crescimento populacional, aliado à falta de políticas estruturadas de moradia, tem impulsionado movimentos comunitários que reivindicam áreas para assentamento regularizado.
Para o MUAF, a marcha desta terça-feira representa “um marco na luta pela moradia popular” e demonstra a união das comunidades rurais e urbanas em defesa de um direito básico garantido pela Constituição: o acesso à moradia digna.

Os organizadores afirmam que novas mobilizações poderão ocorrer caso não haja avanços no processo judicial. O movimento pretende ainda estabelecer diálogo com a prefeitura, Ministério Público e órgãos estaduais para agilizar a demarcação da área.
Enquanto isso, as famílias da BASEVI seguem na esperança de que a manifestação pressione por uma solução definitiva, permitindo que possam construir suas casas e garantir um futuro estável para seus filhos.
