Em um pronunciamento em rede nacional realizado na noite desta quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu de forma firme à ameaça do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu impor novas tarifas sobre produtos brasileiros.
Em um discurso de pouco mais de 05 minutos, Lula classificou a fala de Trump como "hostil e inaceitável" e garantiu que o Brasil não se curvará a ameaças externas. “O Brasil é uma nação soberana. Não aceitaremos retaliações unilaterais que prejudiquem nossa economia e nossos trabalhadores”, afirmou o presidente, com tom firme.
Lula destacou o papel crescente do Brasil no cenário global, principalmente em setores como o agronegócio, a indústria de base e a exportação de tecnologia. Ele afirmou que o país não busca conflito, mas sim respeito. “Queremos relações comerciais equilibradas, baseadas no diálogo e na parceria. Ameaças tarifárias não constroem pontes, apenas muros”, disse.
O presidente também fez questão de defender os setores produtivos brasileiros, que seriam os mais atingidos por uma eventual elevação de tarifas. “Cada produto que sai do Brasil carrega o suor do nosso povo. Vamos proteger nossa produção e nossos empregos com a mesma coragem com que enfrentamos outras crises no passado”, declarou.
Após o pronunciamento, membros do governo e lideranças do Congresso Nacional manifestaram apoio à posição de Lula. O Itamaraty já articula, nos bastidores, conversas com representantes da diplomacia americana e de outros parceiros internacionais para evitar uma escalada de tensões.
Analistas avaliam que a fala de Trump está inserida no contexto eleitoral dos EUA, mas que ainda assim o Brasil deve se preparar para proteger seus interesses estratégicos.
Lula encerrou o pronunciamento com uma convocação à união do povo brasileiro em defesa do país. “Não vamos permitir que usem o Brasil como moeda de troca. O Brasil só tem um dono, o povo brasileiro” disse o presidente.