Mantendo a tradição junina, o Laticínio Da Vaca, o maior do nordeste, recebeu na manhã desta terça feira, 20 de junho, produtores de leite da Bahia, Minas Gerais, para o tradicional “Café com o Produtor”. Estiveram presentes ao evento, o prefeito, Calixto Ribeiro (Ibirapuã), Tonico, vive prefeito de Umburatiba, os ex prefeitos, Adalberto Nonato (Vereda) e Deca Lopes (Medeiros Neto).
Segundo o fundador da empresa e presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado da Bahia (SindiLeite), Lutz Viana, o momento é uma forma de manter acesa as nossas tradições nordestinas, reencontrar amigos para trocar informações e experiências, e lógico, colocar o papo em dia.
O maior laticínio do nordeste, o Da Vaca, que fica localizado na cidade de Ibirapuã, conta com cerca de 2.400 produtores, que fornecem uma média de 400 mil litros de leite por dia, o que garante a produção de mais 40 produtos lácteos no mercado, entre eles, manteiga, queijo, requeijão, ricota, entre outros.
A empesa que este ano completa 25 anos de fundação já alcançou muitas vitórias, entre elas pode-se destacar a ampliação do laticínio, implantação de um fabrica de ração e, já esta em inicio de construção, uma nova fabrica de soro e leite em pó avaliada 35 milhões com previsão de inauguração para maio de 2018, conforme Lutz Viana.
Sobre o evento, Lutz destacou que “é uma confraternização que a gente faz sempre na data do São João pela importância das festas juninas na Bahia, e a gente aproveita pra fazer um café da manhã típico do São João pra juntar os amigos, os produtores, conversar com vocês da imprensa e bater um papo agradável, aqui tem gente de todas as regiões, do extremo sul, do sudoeste da Bahia, de Carlos Chagas, Águas Formosas, Machacalis, Teófilo Otoni – MG então toda a região que a gente compra leite esta representada aqui por produtores. A ideia é essa, juntar todo mundo pra bater um papo, falar de negócios e saborear os quitutes de São João” destacou Lutz.
Perguntamos ao fundador do laticínio se a crise do pais afetou os negócios da pecuária e da agropecuária, ele respondeu;
“Eu acho que afetou e muito, porque o mercado hoje, nosso setor da agropecuária trabalha muito com exportação e nós temos a maior empresa de exportação de carne do Brasil envolvida em grandes escândalos, com problema de crédito, e isso vai transferindo para o mercado, e a credibilidade é uma coisa que você constrói, destruir pra voltar, fica meio difícil, a gente as vezes não esta sentindo muito aqui na nossa região por que essa empresa não opera diretamente aqui, mais opera no Brasil todo, então isso tem atrapalhado muito e ai nós vamos pro mercado interno que esta enfraquecido com 14 milhões de desempregados por falta de politica econômica, por falta de politica cambial e por falta principalmente de moral e de respeito pela coisa pública, mais eu entendo e sempre pensei dessa forma nós empresários, nós produtores rurais, nós temos que superar, nós estamos acima disso, porque os políticos, bons ou ruins, eles passam e as atividades econômicas continuam, a gente se baseia nisso, nós em especial da DAVACA, estamos fazendo justamente isso, estamos construindo uma fabrica nova de soro em pó, de leite em pó estamos fazendo um investimento de 35 milhões de reais, essa fabrica já esta levantando do chão, os equipamentos já estão comprados, estão chegando da Europa e se Deus quiser, em maio do próximo ano, estaremos inaugurando ela, estamos abrindo espaço para comprar mais leite do produtor com a garantia que o produtor pode investir na produção dele, porque a gente vai trabalhar para comprar e industrializar esse produto, é um investimento fantástico, é uma planta de secagem de soro e de leite em pó de ultima geração, no momento oportuno a gente vai mostrar ela pra vocês, mais a gente entende todas as dificuldades que tem, a gente sempre investiu, a gente sempre trabalhou e sempre enxerga nesse tanto de problemas as oportunidades, a gente tem trabalhado assim, estamos fazendo 25 anos agora em 2017 e estamos animados como se estivéssemos começando do primeiro ano.
Lutz também disse que a empresa hoje tem 563 funcionários e a nova fabrica deve incorporar em torno de 80 a 100 funcionários. Quando perguntado sobre as obras de recapeamento da BA 290 e os benefícios que ela trouxe, ele respondeu;
“A estrada é um sonho, na inauguração da fabrica de queijos há 4 anos atrás, vocês estavam aqui, o nosso governador Wagner disse que ia recapear a nossa estrada, ele não pode fazer e com muita luta, Rui Costa fez, agora a gente fica alegre porque fez, mais é uma obrigação. Ibirapuã hoje tem uma usina de álcool, tem uma indústria de laticínios é um município que dá emprego a sua comunidade, a sua região, tem funcionários aqui de toda região, eu acho que o governo estava devendo isso a região e ao povo de Ibirapuã, é uma economia grande em manutenção de caminhão, as coisas estão chegando mais barata pra gente, todo frete aqui pra Ibirapuã era mais caro, hoje já normalizou, você paga hoje o frete do combustível que todo mundo paga, enfim uma coisa que as autoridades estavam devendo ao povo de Ibirapuã e da nossa região, porque é um polo gerador de riquezas no extremo sul, eu acho que o governo tem que tomar providencia em relação a Itamaraju, Jucuruçu resolver aquilo de uma vez por todas, uma estrada que para o agronegócio é importantíssima e resolver a questão de Itanhém/Batinga também que é uma estrada que liga Minas as praias da Bahia, inclusive a nossa Teixeira de Freitas que seria muito beneficiada com essas duas estradas, então eu acho que são duas dividas grandes que o governo tem e tem tempo pra fazer isso, é preciso resolver isso definitivamente, são estradas cruciais para os municípios.
Quando perguntado se acredita na recuperação financeira do país, ele respondeu;
Eu creio que o país sai dessa crise, primeiro com as eleições de 2018 que é importantíssima, a politica é que move toda a economia, todos os negócios, nós todos dependemos de decisões da política, decisão cambial, de política de juros, de recursos para a safra agrícola, mais esse governo, essa turma que esta ai não tem condições nenhuma de resolver nada, não tem credibilidade para resolver nada, eles estão dando um paliativo trabalhando para sobreviver ate as eleições de 2018, na minha visão nós só vamos ter uma luz no fim do túnel a partir das eleições de 2018, porque politicamente estamos no fundo do poço não temos mais para onde ir, e quem tá ai não tem força política, não tem respaldo com a população para tomar medidas que precisam ser tomadas, conclui Lutz.