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Mesmo após a Justiça determinar a reintegração de posse do prédio da prefeitura de Santa Cruz Cabrália, no extremo sul da Bahia, os manifestantes do Movimento Sem-Terra (MST), que estão no local há três dias, se recusam a deixar a sede municipal.
A medida foi estabelecida juíza Tarcísia de Oliveira Fonseca Elias, da 1ª Vara do município e prevê uma multa diária de R$ 5 mil, em caso de descumprimento da ordem, além de autorizar uso de força policial, caso necessário.
Sob ameaça de repressão policial famílias Sem Terra ocupam prédio de prefeitura — Foto: Divulgação
O município de Santa Cruz Cabrália possui dois assentamentos e um pré assentamento, onde moram cerca de 250 famílias. As principais reclamações dos manifestantes são relacionadas ao acesso e más condições das estradas, que impossibilitam a circulação dos estudantes e a chegada de mercadorias.
O grupo pede a construção de pontes e vias, além de mudanças nas condições de saúde, com ampliação do atendimento médico e melhorias no posto de saúde, além de iluminação nas áreas coletivas e construção de novas escolas.
Na segunda-feira (6), os manifestantes ocuparam o prédio público, onde armaram barracas com fogões e alimentos. Na quarta (8), cerca de 40 pessoas ainda seguiam no local.
O grupo solicitou um encontro com o prefeito Agnelo Silva Santos Júnior, que está fora da cidade e marcou a reunião para esta quinta-feira (9).
