
Um adolescente de 15 anos foi apreendido e teve a internação provisória decretada pela Justiça por suspeita de estuprar uma criança de 1 ano e 4 meses, em Campo Grande. O crime aconteceu no último sábado (23), no Loteamento Cristo Redentor.
A delegada responsável pelo caso, Ariene Murad de Souza, da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), disse que o adolescente morava com a família há cerca de oito meses e era de confiança deles. Ele e o pai foram morar com os avós da menina no ano passado e, desde dezembro, quando o pai do suspeito se casou, ele permaneceu na casa da família.
Na tarde do dia 23 de fevereiro, a criança estava com a mãe e avó em um salão próximo a residência onde moravam e, em determinado momento, a avó retornou para casa. A menina começou a chorar e a avó pediu ao adolescente que levasse a criança de volta ao salão, para ficar com mãe.
Ao chegar no salão, o adolescente informou que iria comprar salgado e pediu autorização da mãe da menina para levá-la. Na volta da padaria, ele levou a criança para um matagal onde há uma construção e a estuprou. Durante o crime a menina desmaiou o suspeitou decidiu abandoná-la no mato.
Cerca de três horas após o crime, o avô paterno da menina a encontrou, ainda desmaiada e seminua. A criança foi encaminhada para o hospital e exame de corpo de delito - sexologia forense - constatou lesões compatíveis com violência sexual.
Como o adolescente foi a última pessoa a ser vista com a criança, a própria família o apontou como suspeito. A delegada representou pela internação provisória do adolescente, que foi expedida pela Justiça e ele foi apreendido na casa de uma amiga da mãe dele, onde estava escondido desde o sábado.
Em depoimento, ele confessou o crime e forneceu riqueza de detalhes à delegada.
"Ele não soube dizer porque cometeu o crime, disse que não sabe o que deu nele", afirmou a delegada, acrescentando que o suspeito alegou que na data do estupro teria experimentado pasta base de cocaína e que estaria sob efeito de drogas.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável e o adolescente foi encaminhado para uma Unidade Educacional de Internação (Unei). A vítima permanece internada, mas não corre risco de morte.

