O delegado titular da Delegacia de Tóxico de Entorpecentes de Teixeira de Freitas, Marco Antônio Neves, comentou nesta terça-feira, 20 de outubro, sobre o desdobramento do caso de duas grávidas que foram presas no último sábado, 17, traficando maconha em uma residência na Avenida Presidente Kenedy, 86, Teixeirinha.
Uma delas, a Jucelia Almeida dos Santos, 30 anos, que estava grávida e disse ter mais 11 filhos, falou que tem um relacionamento amoroso com um interno do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas e tem sido coagida a fazer visitas íntimas e traficar para satisfazer as vontades do companheiro.
A Polícia Civil já tem a identificação desse sujeito junto com outros internos da unidade prisional que, de alguma forma, conseguem manter contato com as pessoas fora da cadeia e as ameaçam, fazendo com que "trabalhem” para eles e alicie menores para o mundo do crime.
"A DTE está empenhada em fazer um trabalho de prevenção neste sentindo e estamos identificando quem são os elementos que estão de dentro do presídio utilizando dessas ameaças para que pessoas aqui fora virem ‘soldados do tráfico’”, disse o Marco Antônio.
Sobre essas mulheres que entram no mundo do crime para continuar o que os companheiros presos faziam antes de irem para o presídio, o delegado afirma que "muitas delas já se relacionavam antes e continuam o relacionamento, outras vão em busca de viver aventuras e, por isso, se lançam no mundo do tráfico e de outros crimes”.
"A vida do crime é muito curta, e essas mães que têm crianças que precisam de cuidados evitem relacionamento com pessoas que estão no crime, pois alguns ainda se recuperam, mas a maioria, comprovada através de pesquisas, ou morrem, ou continuam no crime”, enfatiza o delegado.
Marco Antônio ainda coloca que, o setor público se empenhado para colocar assistentes sociais e psicólogos para acompanharem mulheres que têm relacionamentos amorosos com presidiários, principalmente, com aqueles que são ligados ao tráfico de drogas, isso por que, mesmo após detido, muitos criminosos ficam tentando coagir familiares para que eles continuem com o tráfico fora do presídio por eles.