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Filho mata o pai com uma coleira de cachorro

Por Neuza em 02/11/2014 às 16:45

Depois do crime, o filho entregou em uma boca de fumo o botijão de gás da casa do pai para receber em troca 10 pedras de crack

 
O que seria mais uma simples discussão entre pai e filho terminou em morte, na madrugada deste domingo (02), no bairro Santa Rita, em Vila Velha. O atendente de lanchonete Leonardo Ferreira da Costa, 25 anos, usou uma corrente de cachorro para asfixiar o próprio pai, o aposentado Ely Rocha da Costa, 62, após o aposentado repreender o filho por ele ter roubado a bicicleta da vizinha e trocado por drogas.

Depois do crime, o filho entregou em uma boca de fumo o botijão de gás da casa do pai para receber em troca 10 pedras de crack. Depois de usar toda a droga, ele ligou para a polícia informando que havia assassinado o pai e se entregou.

De acordo com informações da polícia, Leonardo chegou em casa de madrugada depois de fazer uso de crack na rua e discutiu com o pai. "O pai descobriu que ele havia roubado a bicicleta de uma vizinha para trocá-la por drogas, e ameaçou contar isso para a vizinha”, explicou o delegado Breno Andrade, da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vila Velha.

Durante a discussão dentro de casa, o filho pegou uma corrente, usada na coleira do cachorro que o aposentado mantinha no quintal da casa, e amarrou no pescoço do pai.

Ely Rocha da Costa, 62, aposentado, foi assassinado pelo próprio filho, Leonardo Ferreira da Costa, 25, dentro de sua residência.

"Ele diz que surpreendeu o pai pelas costas, enrolando a corrente no pescoço e apertou até a vítima cair. Para assegurar que o pai estava morto, o suspeito pegou uma faca de cozinha e enfiou no pescoço do pai, como o Leonardo descreveu com clareza a forma do crime. Ele disse que estava sob efeito de drogas”, descreveu o delegado.

Depois do assassinato, Leonardo, que disse para a polícia ser dependente químico, ainda pegou o botijão de gás da casa e levou até uma boca de fumo, onde conseguiu em troca 10 pedras de crack.

Por volta das 7 horas, o atendente de lanchonete ligou para o Ciodes-190, de um telefone público na Avenida Carlos Lindenberg, e confessou ter matado o pai e indicou onde estava, se entregando aos policiais militares.

Leia a entrevista

Algemado no banco da delegacia e cobrindo a cabeça com uma camisa, Leonardo Ferreira da Costa, 26 anos, disse que se arrepende de ter matado o pai, a quem ele descreve como "uma pessoa boa e queria o meu bem, não merecia isso”.

Como foi o crime?

Eu não queria fazer nada com ele. Cheguei em casa para dormir, eu estava muito doido, tinha fumado crack a noite toda. Ele (o pai) começou a brigar porque eu vendi uma bicicleta e disse que ia contar pra dona da bicicleta. Na hora peguei a corrente, não pensei em nada, apertei o pescoço dele e .... (choro).

Por que você deu a facada depois?

Eu não queria matá-lo. Eu fiquei com medo, não sei direito, e peguei a faca e ....meu Deus do Céu. Na hora eu não senti muita coisa, só medo. Eu vi ele, mas eu não estava no meu estado normal.

Você tentou se matar depois?

Sim, quando eu fiquei bem. Peguei uma lâmina e tentei cortar o pulso, mas a gilete velha não cortou e eu senti muita dor e acabei parando.

Por que você se entregou?

Porque me arrependi.

Você morava com seu pai?

Voltei pra lá há dois dias. Ele deixou eu ficar lá quando saí da casa da minha esposa. Fiquei quatro anos sem usar droga, mas voltei há um mês, depois que minha esposa brigou comigo e pediu pra separar. Eu não consigo mais controlar a vontade de usar drogas.

Como era o seu pai?

Meu pai era uma pessoa muito boa porque sempre me ajudou. Ele queria o meu bem, sempre quis, sempre me ajudou, tentou me tirar disso, eu não consegui. Meu pai ajudou a me criar.

Você se arrepende?

Me arrependo muito. Acabei com a minha família e com a minha vida.

Fonte: Gazetaonline

Tags:   Espirito Santo
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