A BR-101, uma das principais rodovias do Brasil, está bloqueada nesta terça-feira (26) por indígenas em manifestação organizada pelo Conselho de Caciques do Território Indígena (TI) Pataxó Barra Velha do Monte Pascoal. O protesto, que ocorre nos dias 26, 27 e 28, tem como principal objetivo a remarcação de terras indígenas em litígio.
Além da questão fundiária, os manifestantes reivindicam a liberação de indígenas presos na "Operação Pacificar", na qual diversos indivíduos foram detidos e armamentos, incluindo um fuzil, foram apreendidos. O conflito entre indígenas e fazendeiros tem agravado a insegurança na zona rural do município de Prado, onde mais de 80 propriedades teriam sido invadidas. Produtores rurais afirmam que os invasores comercializam a produção agrícola e equipamentos, causando grandes perdas financeiras.
Foto/ Ilustrativa
A interdição acontece no Km 792, no Trevo do Parque de Monte Pascoal, entre Itamaraju e Montinho, e causa impactos significativos no trânsito e na economia da região. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Eunápolis, o bloqueio teve início às 11h, com previsão de liberação apenas ao final da tarde. No entanto, a situação preocupa transportadores e motoristas que dependem da rodovia para escoamento de mercadorias e deslocamento.
Na semana passada, os secretários estaduais Adolfo Loyola (Serin) e Marcelo Werner (segurança pública) estiveram em Teixeira de Freitas para uma reunião com autoridades de segurança, produtores, prefeitos e autoridades fim de discutir a situação. Posteriormente, uma operação das forças de segurança resultou na prisão de diversos envolvidos e na apreensão de armas.
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O bloqueio da BR-101 intensifica os desafios já existentes na região, colocando em cheque a necessidade de soluções eficazes para resolver os conflitos de terras sem comprometer o fluxo econômico e a mobilidade da população. O impasse segue sem previsão de resolução definitiva, enquanto produtores, autoridades e comunidades indígenas buscam um entendimento.
A BR-101 é uma via estratégica para o transporte de cargas e passageiros, atravessando diversos estados e conectando importantes polos produtivos do país. Com o bloqueio, caminhões que transportam produtos perecíveis, combustíveis e insumos industriais enfrentam atrasos significativos, gerando prejuízos tanto para o setor produtivo quanto para os consumidores finais.
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Motoristas que transitam pela região reclamam dos transtornos, especialmente aqueles que dependem da rodovia para compromissos profissionais e pessoais.
