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Famílias de assentamentos de Itabela e Santa Cruz de Cabrália comemoram entregar do lote

Sem Terra dos assentamentos Gildásio Salles Ribeiro e Adão Preto, realizam sonho conquistado com luta permanente

Por Neuza em 26/02/2019 às 11:44



Entre os dias 21 a 24, gritos de ordem ecoaram com a renovação da luta camponesa e marcou  a festividade da entrega dos lotes dos Assentamentos Agroecológico Gildásio Salles Ribeiro, que tem 70 famílias e está localizado no  município de Santa Cruz Cabrália e Adão Preto com 30 famílias em Itabela.

Da luta e resistência, a realização de um sonho, que iniciou na ocupação, recarregamos ânimo para contínua lutando por melhores condições de vida por uma sociedade mais justa e igualitária, diz a agricultora Maria D’Ajuda Pereira, do Assentamento Adão Preto.

Paulo César analisa ainda que "estamos num território dominado pelo monocultivo do eucalipto, o que vem acentuando o êxodo rural e a violência nas cidades, isso também acarreta problemas  como a estagnação do projeto de reforma agrária, pois há grande concentração de terras nas mãos do agronegócio, o que inviabiliza a distribuição para as famílias".

Existem, ainda, em toda a Bahia, 25 mil famílias acampadas em dez regiões, a maioria no Extremo Sul. A destinação de novas terras é resultado da pressão constante do movimento no governo do Estado.

Assentamento- Gildasio Salles Ribeiro

 O assentamento agroecológico Gildasio Salles Ribeiro, é uma homenagem ao agricultor e ativista da Reforma Agrária popularmente conhecido como Cabacinha, que faleceu aos 60 anos e deixou cinco filhos.

História;

 Cerca de mil famílias Sem Terra ocuparam, na madrugada do dia 4 de dezembro de 2008, a Fazenda São João, na BR 367, km 35, em Santa Cruz Cabrália.  Nos 1.010 hectares, estão assentadas hoje 70 famílias camponesas que resistiram por quase 11 anos no local.

 No último dia 22, houve ato político e místico, com a presença de lideranças políticas e da sociedade civil. A festividade começou com um show gospel no dia 21, e encerrou com muita música e torneio de futebol, no dia 24.

Assentamento - Adão Preto

Na madrugada de 8 de fevereiro de 2009, foi ocupada a Fazenda Amaralina, no distrito de Montinho, município de Itabela. Lá, as famílias resistiram por 3 anos e 10 meses.

Em 25 de dezembro de 2012, houve a mudança para o então chamado Acampamento do Meio, onde as famílias permaneceram por 2 anos e 6 meses, lutando e produzindo com muita dificuldade, devido à escassez de água. Depois desse período, receberam a triste notícia de que não seriam assentadas no local, o que provocou a interrupção do plantio e da produção.

Em 30 de julho de 2015, após negociação entre o MST e a Veracel, as famílias foram transferidas para a antiga Fazenda Pedra Bonita. Depois de 4 anos, começaram a produzir alimentos orgânicos de forma agroecológica, alcançando também o tão sonhado parcelamento dos lotes. Ao todo, 30 famílias foram beneficiadas.

 O nome Adão Preto é uma homenagem ao primeiro integrante do movimento a se eleger deputado federal. 

 Até o final do ano, mais 8 áreas se tornarão assentamentos agroecológicos. Que este ato de entregar dos lotes simbolize um novo momento para a Reforma Agrária, concluiu Souza.

Fonte: Lilian Reichert

Tags:   Assentamento sem terra lotes documentos
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