O fracasso do evento político na cidade do Prado, protagonizado pelo controverso "Padre" Kelmon, defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, não passou despercebido pelos moradores locais. Segundo relatos, o encontro, que foi amplamente divulgado, serve como um alerta aos grupos de oposição do prefeito Gilvan, que têm utilizado intensivamente as redes sociais na tentativa de conquistar notoriedade junto à população.

O prefeito Gilvan, atualmente no cargo, tem sido alvo de críticas e oposição nas redes sociais, onde grupos contrários buscam se destacar para, possivelmente, almejar a disputa pela prefeitura nas próximas eleições. O evento com Kelmon, era visto como uma oportunidade de impulsionar a visibilidade desses grupos, fortalecendo a narrativa contrária à atual gestão municipal.

No entanto, o fiasco do encontro e as controvérsias em torno da figura de Kelmon agora lançam dúvidas sobre as verdadeiras motivações por trás desse evento. O baixo comparecimento e as críticas irônicas dos moradores nas redes sociais indicam que a estratégia pode ter se voltado contra os organizadores, evidenciando a importância de escolher figuras públicas confiáveis para associar a eventos políticos.

Kelmon Luis da Silva Souza ganhou notoriedade no último debate entre presidenciáveis, realizado na TV Globo, ao se tornar candidato pelo PTB após a candidatura do ex-deputado Roberto Jefferson ser barrada pela Lei da Ficha Limpa. No entanto, sua autodenominação como "Padre Kelmon" é contestada pela Igreja Ortodoxa e pela Igreja Católica.

Um documento assinado pelo arcebispo Dom Tito Paulo George Hanna, da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia do Brasil, afirma que Kelmon "nunca foi seminarista ou membro do clero" em nenhum dos três graus da ordem, seja no Brasil ou em qualquer outro país. Essa informação também é válida para outras igrejas irmãs, como a Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria, Igreja Apostólica Armênia, Igreja Sirian Ortodoxa Malankara, Igreja Ortodoxa Etiope e Igreja Ortodoxa Eritreia.

Além disso, a Igreja Católica também nega que Kelmon seja um padre legítimo, contribuindo para a polêmica em torno da sua figura. Comentários irônicos de moradores em grupos de WhatsApp refletem a incredulidade em relação ao título de "padre" atribuído a Kelmon, alguns sugerindo que ele seria mais adequado para uma "festa junina" do que para uma instituição religiosa.

O episódio revela a controvérsia em torno da figura de Kelmon, questionando não apenas sua legitimidade como padre, mas também a validade do evento político em que ele se envolveu. A repercussão nas redes sociais indica que a credibilidade do autodenominado "Padre Kelmon" está seriamente comprometida, deixando dúvidas sobre sua verdadeira identidade e intenções.

A situação também levanta questionamentos sobre a credibilidade dos grupos de oposição que utilizam as redes sociais como plataforma para ganhar destaque. A aparente falta de discernimento na escolha de apoiadores pode resultar em danos significativos à imagem e ao prestígio desses grupos, afetando suas chances nas próximas eleições.

Assim, enquanto o evento com "Padre" Kelmon se revela um fiasco, torna-se claro que as estratégias de oposição em meio às redes sociais precisam ser cuidadosamente planejadas e baseadas em figuras públicas confiáveis para evitar situações embaraçosas e prejudiciais à reputação desses grupos políticos. O alerta está dado, e a cidade do Prado agora aguarda para ver como as peças desse complexo tabuleiro político se movimentarão nas próximas jogadas.