Polícia Federal, bombeiros e outras autoridades se mobilizam para resgatar barcos com corpos no Litoral paraense — Foto: PF/Reprodução
A Polícia Federal, Marinha, bombeiros e outras autoridades iniciaram na manhã deste domingo (14) uma ação para resgatar o barco encontrado à deriva com corpos no litoral de Bragança, cidade do nordeste paraense distante cerca de 215 quilômetros da capital Belém.
A suspeita é as vítimas sejam pessoas estrangeiras. Além da Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investiga o caso.
Um dos objetivos da investigação da Polícia Federal é descobrir a nacionalidade das vítimas. Os corpos estão em estado avançado de decomposição. Até as 10h deste domingo (14), não há confirmação de quantas vítimas, nacionalidade delas, nem causa da morte.
Resgate após alta da maré
Segundo a PF, na manhã deste domingo "as equipes estão em ação para resgatar o barco e os corpos" e a ação deve ocorrer ao longo do dia. As equipes com policiais federais, bombeiros, defesa civil e outras autoridades saíram em botes para o local por volta das 9h, após o rio encher junto com a maré.
A embarcação com vítimas foi achada por pescadores na manhã de sábado (13), mas a maré baixa dificultou os trabalhos de resgate à tarde e à noite.
Pescadores registraram corpos dentro de barco. — Foto: Reprodução / Redes sociais
Distante cerca de 20 quilômetros do porto mais próximo, o barco com os corpos estaria encalhado em um banco de areia, ficando acessível apenas quando a maré sobe.
O próprio trapiche do porto fica na margem de um rio que estava seco na tarde e noite de sábado, por conta da maré baixa
Órgãos municipais, estaduais e federais se reuniram ainda no sábado na localidade de Tamatateua, onde fica o porto mais próximo do local da embarcação.
Os corpos foram achados por pescadores na manhã de sábado (13). Eles estavam trabalhando quando avistaram a embarcação com vítimas e avisaram as autoridades.
A embarcação com cerca de 15 metros de cumprimento por 2 de largura estava na Baía do Maiaú, próximo a ilha de Canelas, que fica no mar na região litorânea de Bragança.
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a nacionalidade das vítimas e as circunstâncias da morte. Uma equipe de papiloscopistas da Polícia Federal de Brasília foi para Bragança trabalhar na identificação das vítimas.
Já o Ministério Público Federal (MPF) abriu duas investigações sobre caso, uma na área criminal e outra civil. As investigações serão realizadas pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para a defesa de direitos humanos.
A área foi isolada para receber os corpos e início dos trabalhos de identificação, além da investigação geral sobre o caso.