
Luciano Cordeiro Bonfim foi preso e teve que pagar fiança de R$ 6 mil depois de quebrar monitores, telefone e outros equipamentos de informática da Prefeitura e derramar dejetos de esgoto. O ato de crime contra o patrimônio aconteceu na manhã dessa segunda-feira (25), por volta das 8h30.

Luciano é contumaz em manifestações políticas, tendo se envolvido diretamente em campanhas e manifestos contrários ao Governo Federal, como pode ser comprovado em fotos publicadas nas redes sociais.
Na manhã desta segunda-feira, ele foi até uma das salas da Prefeitura e, aparentando calma, deu início ao gesto violento. Uma das servidoras municipais presentes ao local está gestante e precisou ser socorrida. Testemunhas afirmam que foi tudo muito rápido, dando a impressão de que ele teria planejado toda a ação. Tão logo Luciano saiu da cena do crime, uma repórter ligada a um grupo político de oposição ao prefeito chegou para registrar o ocorrido.

Luciano foi conduzido para a Coorpin por uma guarnição da PETO, local em que mais uma vez estavam pessoas ligadas ao grupo político.
Em entrevista à imprensa, antes de ser conduzido para a carceragem, ele disse que se tratava de um manifesto para que a rede de esgoto na Rua Teixeira de Freitas fosse reparada. Todavia, não há nenhum protocolo ou qualquer solicitação do criminoso referente a este pedido ou afim junto à Prefeitura.
"Ele é visto nos ambientes com adesivos de partido, faixas "Fora Dilma”, é ligado a grupo político, todas as evidências são de que foi um gesto político e orquestrado”, declarou o secretário municipal de administração, Marcílio Goulart.

Logo após o ato, por volta das 9 horas, através do whatsapp, Luciano entrou em contato com o prefeito João Bosco solicitando os reparos na rede de esgoto da Rua Teixeira de Freitas, em mais uma evidência de ação premeditada.
O prefeito, que estava em Salvador, indo para uma reunião com o delegado Geral da Polícia Civil da Bahia Bernardino Filho para tratar de questões de Segurança Pública, ainda assim respondeu e afirmou para Luciano que solicitaria as melhorias. Mesmo depois de ter praticado o crime, ele manteve o diálogo com João Bosco, como se nada tivesse acontecido, comprovando o uso de má fé.

Logo depois de pagar fiança e ser liberado, Luciano usou o whatsapp para comunicar, em áudio que "paguei fiança de seis mil, gente, e já estou livre (risos)”, comemorou.
O procurador geral do município, doutor Ali Abutrab Neto, ao ser questionado acerca do ocorrido, alegou que "trata-se de ato criminoso, que causou danos ao patrimônio publico, e todas as providencias já estão sendo tomadas judicialmente, para que o mesmo seja compelido a ressarcir todos os prejuízos causados ao município”, concluiu.
O secretário municipal de infraestrutura esclareceu que essa questão é de responsabilidade da Empresa de Tratamento de Água e Esgoto (Embasa).