22 de março, Dia Mundial da Água, passou a ser celebrado, mundialmente, desde o ano de 1993. A data foi uma recomendação da Organização das Nações Unidas-ONU, durante a realização de Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, por ocasião da Eco-92. Desde então, todos os anos, a ONU tem divulgado temas a fim de sensibilizar todos os países para a importância de se manter o debate a respeito da preservação dos recursos hídricos. Para este ano de 2017, as discussões versam sobre Água Residual.
O Brasil adotou também a data, com assídua participação nos debates. Vários temas já serviram para que o nosso país se comprometesse com uma causa de relevância inquestionável, dentre eles, “águas transfronteiriças”, “saneamento”, “água limpa para um mundo saudável”, “água e segurança alimentar”, “lidando com a escassez de água” e “água para as cidades: respondendo ao desafio urbano”.
É importante destacar, também, a Declaração Universal dos Direitos da Água, cujo documento emanou da própria ONU. Suas principais normais servem de reflexão para todo e qualquer habitante do Planeta Terra. Cada norma que a compõe chama a nossa atenção para um tema que deva estar sempre na ordem do dia, até porque, trata-se de uma questão de sobrevivência, do futuro das próximas gerações. As normas estão assim preceituadas, formando um decálogo:
1. A água faz parte do patrimônio do planeta;
2. A água é a seiva do nosso planeta;
3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
6. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
7. A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;
8. A utilização da água implica respeito à lei;
9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Estas normas devem nortear as nossas vidas, não somente no dia 22 de março, mas todos os dias. A crise da água está, aí, bem perto de nós; ao nosso lado. É uma realidade. Isso significa que não devemos fechar os olhos para o sofrimento dos rios,
dos mananciais, das nascentes. Todos estão sangrando. Todos clamam por socorro. Vamos viver, diariamente, empenhados na preservação do nosso bem maior: a água.
Por; Valci Vieira - Professor e Vereador
