Ele se matou na sequência, segundo a PM. Homem deixou filha do casal com um vizinho antes de cometer o crime.
O delegado Cristian Lanfredi de 42 anos , que atuava na Assembleia Legislativa de São Paulo, matou a mulher, Cláudia Zerati de 46 anos, juíza do Trabalho, e depois se suicidou. O caso aconteceu na manhã deste domingo (20) em Perdizes, Zona Oeste de São Paulo.
Antes de matar a mulher e se matar o delegado deixou a filha de 06 anos com o padrinho da criança depois de um desentendimento entre o casal, informou à polícia o compadre do delegado.
O padrinho da criança informou à polícia que era por volta de 04 horas quando o delegado deixou a criança com e voltou para a casa, em um prédio de alto padrão na Rua Tucuna, matou a mulher e se matou.
Segundo o G1, vizinhos ouviram disparos por volta das 6h, foram até o apartamento, encontraram a porta aberta e o casal morto. De acordo com o padrinho, a menina contou que os pais brigaram porque Lanfredi havia se recusado a tomar seu remédio. O delegado estava afastado do trabalho para tratamento.
O Tribunal Regional do Trabalho divulgou nota lamentando o falecimento da juíza, titular da 2ª Vara de Franco da Rocha. Ela nasceu e estudou em Campinas, no interior do estado. O expediente ficou suspenso no Fórum de Franco da Rocha nesta segunda-feira (21).
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região (Amatra) também divulgaram nota manifestando "indignação" com o caso.
"Em 2016, contabilizávamos 4,8 assassinatos a cada 100 mil mulheres, ocupando o 5º lugar no ranking mundial de países, quanto ao feminicídio. Pelos dados do Mapa da Violência 2015, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados no Brasil em 2013, 50,3% foram cometidos por familiares (33,2% pelo parceiro). O machismo mata. E as campanhas publicitárias de ocasião não bastam para contê-lo", diz a nota.