Foto: Redes Sociais
A Polícia Civil segue investigando a fuga de três detentos do Conjunto Penal de Feira de Santana, registrada na manhã de terça-feira (21). De acordo com o delegado responsável pelo caso, João Uzzum, um defeito na grade da cela onde os presos estavam pode ter sido determinante para a escapada.
“Nos dirigimos até o Complexo Penitenciário de Feira de Santana, onde, juntamente com o Departamento de Polícia Técnica, foi realizada uma perícia. Verificou-se um problema na grade da cela do Pavilhão 10, onde ocorreu essa fuga”, explicou o delegado.
A investigação agora busca esclarecer se o defeito foi resultado de uma falha de manutenção ou se os próprios detentos danificaram a estrutura. Após deixarem a cela, os fugitivos improvisaram uma corda feita de lençóis — conhecida no sistema prisional como “Teresa” — para escalar o muro interno do pavilhão e alcançar a parte externa do presídio.
“Eles pularam para a área externa, onde havia uma cerca. Depois, transpassaram essa cerca e subiram um segundo muro, próximo a uma guarita que, no momento, estava vazia”, relatou o delegado.
Depois de vencerem as barreiras internas, os três homens conseguiram chegar à via pública. A fuga só foi percebida por volta das 8h30, durante o procedimento de conferência realizado pelos agentes penais, que notaram a grade da cela 29, no Pavilhão 10, violada.
Foram identificados como fugitivos: Daniel Costa Lima, 26 anos; Lucas Conceição dos Santos, 25 anos e Paulo Ricardo Santos da Silva, 24 anos.
Os três cumprem pena por crimes graves — dois por homicídio e um por furto qualificado — e são considerados perigosos pela polícia.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), todas as medidas legais foram adotadas imediatamente após a constatação da fuga. A direção da unidade informou que colabora com as forças de segurança na busca pelos fugitivos.
Em nota, a Polícia Civil confirmou que trabalha em conjunto com a Polícia Militar e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) na tentativa de recapturar os presos. Guarnições da PM realizam buscas em toda a região, enquanto a perícia analisa as condições estruturais da cela e imagens de segurança para identificar se houve participação de terceiros na ação.
“É importante destacar que no interior do pavilhão não existem câmeras. A gente acredita que a fuga aconteceu entre 1h30 e 3h”, completou o delegado João Uzzum.