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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projeta um aumento médio de 5,6% na conta de luz dos brasileiros em 2024, de acordo com declarações do diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, à CNN Brasil. Essa estimativa supera as projeções de mercado para a inflação em 2024, que, segundo o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC), é de 3,86%.
No ano anterior, em 2023, a Aneel havia previsto um aumento médio de 6,8% nas tarifas das distribuidoras, mas o aumento efetivo foi de 5,9%. Além da inflação, os reajustes consideram diversos fatores, como o custo da geração e transmissão de energia, encargos setoriais e custos operacionais das distribuidoras.
Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, destacou em uma entrevista recente ao Terra que aproximadamente 40% do valor pago pela energia elétrica no país são destinados a tributos, encargos e perdas.
Conforme os cálculos técnicos da Frente, o consumo total de energia atingiu 515,86 Terawatt-hora (TWh) até 31 de dezembro de 2023. Do montante total a ser pago, R$ 210,6 bilhões (61,40%) serão direcionados a gastos com energia, transmissão, distribuição e iluminação pública. Os 38,60% restantes (R$ 132,2 bi) correspondem a custos relacionados a perda técnica, furto de energia, tributos e encargos.
