O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou, nesta sexta-feira (06), a suspensão provisória do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e de Carlos Arthuz Nuzman, que presidia o órgão até ser preso, na manhã de quinta-feira. O cartola é acusado de intermediar um esquema de pagamento de propinas para garantir que o Rio de Janeiro fosse sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
As medidas adotadas pelo COI seguem as recomendações do Comitê de Ética da entidade. Nuzman perde, então, seus direitos como membro honorário do COI, além do posto no Comitê de Coordenação dos Jogos de 2020, que acontecerão em Tóquio, no Japão.
Como consequência da suspensão, o COB deixa de receber subsídios e pagamentos feitos pela entidade global e perde seus direitos como membro dos Comitês Olímpicos Nacionais (CONs). O COI garante, porém, que os atletas brasileiros não serão afetados e poderão competir normalmente nos Jogos de Inverno de 2018, em Pyeongchang, na Coreia do Sul, e em qualquer outro torneio. Também serão mantidas as bolsas concedidas a atletas do país.
Na nota oficial desta sexta, o COI também anuncia o fim das relações com o Comitê Organizador dos Jogos. "A contribuição financeira do COI e do Movimento Olímpico excedeu significativamente as obrigações contratuais, levando em consideração a grave crise que afeta o país", diz o texto. Essa decisão frustra os planos do COB, que contava com a ajuda do órgão para pagar a dívida de aproximadamente R$ 132 milhões do Comitê Rio-2016.
Procurado pelo GLOBO, a assessoria do Ministério do Esporte ressaltou que o rompimento acontece entre duas entidades privadas e que apurará os detalhes da suspensão antes de se posicionar a respeito.