Fortes chuvas desencadeiam inundações em diversas localidades da Bahia, levando a um total de mais de 3,5 mil pessoas desalojadas. Os incidentes foram documentados em 44 municípios do interior do estado, resultando em estradas bloqueadas e interrompidas em vários pontos.
A situação se agrava, elevando o número de desalojados para mais de 3,7 mil pessoas, em decorrência das intensas precipitações que assolam a região desde o fim de semana. A Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (SUDEC) relata que, entre janeiro e fevereiro, seis mortes foram registradas em consequências das chuvas.
Os desabrigados estão distribuídos entre os 44 municípios afetados, dos quais 30 já tiveram o estado de emergência decretado. Localidades como Itororó e Santa Luzia testemunharam uma série de alagamentos. Além dos desalojados, há aproximadamente 200 pessoas desabrigadas, tendo perdido suas moradias.
Além das consequências sociais, as chuvas também causaram danos infraestruturais significativos, resultando em várias interdições nas estradas, como:
Em Angical, o colapso de um dos pilares do pontilhão na estrada vicinal ocorreu após o rompimento da Barragem de Ouriçangas, restringindo a passagem de veículos.
Na BA-381 (Quijingue - Cansanção), os encontros dos bueiros cederam devido às chuvas, mantendo o tráfego interrompido.
Uma erosão comprometeu uma das cabeceiras da ponte sobre o Rio de Contas, entre Palmeirinha e Aiquara, na BA-647, demandando intervenção urgente da empresa responsável pela manutenção da rodovia.
Na BA-130 (Ponto do Astério - Ibicuí - Nova Canaã - Iguaí - Poções), um bueiro cedeu em decorrência das fortes chuvas, levando a restrições no tráfego e à necessidade de sinalização adequada.
Em Paulo Afonso, no norte da Bahia, pelo menos 33 famílias foram desalojadas devido às chuvas torrenciais que persistem desde sábado (17). A precipitação acumulada em quatro horas ultrapassou significativamente as médias históricas, sobrecarregando os sistemas de drenagem da cidade.
O volume de chuvas excedeu em seis vezes as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de fevereiro, causando danos generalizados e sobrecarregando os recursos de resposta a emergências.