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O desvio da BR-101, na altura de Santa Maria Eterna, distrito de Belmonte, vem enfrentando grandes dificuldades de trafegabilidade devido ao mau tempo. As fortes chuvas que atingem o extremo sul da Bahia transformaram o trecho em um verdadeiro desafio para motoristas, com alagamentos, lama, buracos profundos e atolamentos que comprometem o tráfego de veículos leves e pesados.
Vídeos e relatos enviados por condutores mostram uma situação crítica: caminhões e ônibus precisam ser rebocados por tratores para atravessar a área, e a passagem tem sido feita de forma lenta e perigosa. O desvio, que se tornou a principal rota alternativa entre o extremo sul e o sul da Bahia após o fechamento da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, hoje representa um gargalo para o transporte de passageiros e cargas na região.
A ponte sobre o Rio Jequitinhonha, localizada no km 661,72 da BR-101, foi interditada em maio para a construção de uma nova estrutura, com investimento federal estimado em R$ 104,7 milhões. O projeto, assinado pelo Ministério dos Transportes e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), prevê uma travessia moderna com 510 metros de extensão e faixas duplicadas, com prazo contratual de execução de um ano.
Enquanto isso, os motoristas continuam enfrentando dificuldades no desvio, que deveria ter recebido obras de cascalhamento e reforço de infraestrutura, anunciadas pelo Governo do Estado para garantir a trafegabilidade durante o período das obras. No entanto, com as primeiras chuvas, o cenário se agravou e as promessas de melhorias ainda não se concretizaram.
“A gente fica horas parado, caminhão atolado, gente tentando empurrar carro na lama... é um sofrimento para quem precisa trabalhar e transportar mercadorias”, relatou um motorista que utiliza o trecho com frequência.
Além do impacto econômico, a situação tem gerado risco à segurança de quem trafega pela região, especialmente durante as chuvas mais intensas. A recomendação é que os motoristas redobrem a atenção, evitem trafegar em horários de maior volume de água e, se possível, busquem rotas alternativas até que as condições melhorem.
Vídeos e fotos postados nas redes sociais mostram o sufuco enfrentado por quem precisam trafegar pelo desvio. Até o momento, não há prazo definido para a recuperação total do desvio ou para intervenções emergenciais no local. A expectativa é que, com o avanço das obras da nova ponte, o tráfego na região volte à normalidade em 2026.
