Um casal foi preso no início da madrugada desta quarta-feira (21), suspeito de participação no atentado que deixou um agente penitenciário baleado em Eunápolis, no extremo sul da Bahia. O ataque ocorreu na noite de terça-feira (20) e, segundo as investigações, o alvo seria o diretor do Conjunto Penal de Eunápolis, Jorge Magno Alves Pinto.
Os suspeitos foram identificados como José Rubens Alves de Assis Filho, mais conhecido como "Rubão" de 23 anos, e Letícia Rodrigues Santos, de 18 anos. Eles foram localizados em uma residência na cidade de Itapebi, onde estavam escondidos após o crime.
Durante a abordagem, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9 mm com numeração raspada, dois carregadores municiados e uma porção de maconha. De acordo com a Polícia Civil, ambos confessaram participação no crime.
Atentado tinha como alvo o diretor do presídio
As investigações apontam que o atentado foi planejado para atingir o diretor do presídio, que estaria sofrendo ameaças desde que assumiu o cargo em janeiro deste ano. No momento da ação criminosa, Jorge Magno não estava no veículo atingido, que era conduzido por um agente penitenciário, baleado durante o ataque.
O atentado aconteceu na Avenida Alcides Lacerda, no bairro Paquetá, e chocou a população pela audácia dos criminosos. Segundo a Polícia, cerca de 20 homens armados, usando roupas camufladas e armamento pesado, incluindo fuzis, participaram da emboscada.
Operação integrada busca mais envolvidos
Em resposta, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) montou uma operação integrada para capturar todos os envolvidos. Aproximadamente 100 policiais das forças estaduais e federais participam da ação, que conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/BA).
As diligências continuam em Eunápolis e municípios vizinhos com o objetivo de desarticular o grupo criminoso responsável pela ação violenta, que representa uma grave ameaça à segurança pública da região.
A polícia segue apurando a motivação detalhada do crime e a possível participação de organizações criminosas no planejamento do atentado.