Dentre os muitos tipos de câncer que podem atingir as mulheres, o câncer de colo de útero tem se tornado cada vez mais preocupante - nas estatísticas, ele fica apenas atrás do câncer de mama e do colorretal. Também conhecido como cervical, é um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero e se localiza no fundo da vagina. A doença se desenvolve por meio de uma infecção genital causada pelo HPV, o Papiloma vírus humano, e é freqüente após as relações sexuais.
Exames ginecológicos devem ser realizados anualmente para prevenir doenças com o HPV,
que podem levar ao câncer de colo de útero
A falta de conhecimento, tratamento e cuidados a respeito do câncer de colo de útero levaram mais de 5.430 mulheres a óbito em 2013, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Além disso, são estimados cerca de 16 mil novos casos da doença no Brasil apenas 2016, sendo que a maioria ocorrem antes dos 50 anos de idade.
Geralmente, o HPV pode demorar de 2 a 8 meses após o contágio para se manifestar, podendo levar muitos anos até o diagnóstico de uma lesão pré-maligna ou maligna. Isso irá depender do seu estágio e gravidade.
Por ser uma doença silenciosa, ela não apresentas sintomas evidentes. Mas é possível que evolua para quadros de sangramento vaginal intermitente, secreção vaginal recorrente e dores abdominais.
Outros fatores, não somente ligados ao HPV, como genética, comportamento sexual, tabagismo, o início precoce da vida sexual, o número elevado de parceiros sexuais e de gestações e o uso de pílula anticoncepcional, também podem influenciar os mecanismos ainda incertos que determinam a regressão ou a persistência da infecção pelo HPV e também a progressão para lesões precursoras ou câncer.
No caso do câncer de colo de útero, as alterações das células podem ser facilmente descobertas com a ajuda de exame preventivos, por isso, ir freqüentemente ao médico é um fator essencial para que a doença seja diagnosticada. Exames como colposcopia e papanicolaou, devem ser realizados anualmente após o início da vida sexual da mulher e caso tenha uma vida sexual ativa. O tumor têm cura na quase totalidade dos casos, se descoberto cedo.
Apesar de preocupante, os números já foram bem pior, acredite. Na década de 90, 70% dos casos diagnosticados já estavam no estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ, segundo o Inca.
Para evitar a contaminação de HPV, e conseqüentemente um tumor no útero, o uso do preservativo dever ser essencial em todas as relações, embora, ainda seja possível contaminar HPV de outras maneiras. Estima-se que o uso da camisinha consiga barrar em até 70% a transmissão, que acontece nas relações sexuais e contato de pele com uma pessoa infectada.
Para evitar a contaminação de HPV, e conseqüentemente um tumor no útero, o uso do preservativo
dever ser essencial em todas as relações sexuais - FOTO: ThinkStock
Tratamento
Mas fique atenta, há tratamento. Cada caso sempre deve ser avaliado e orientado por um médico.
Os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero são a cirurgia e a radioterapia, sendo que tudo dependerá do estágio da doença e tamanho do tumor.
Vacinação
Em 2014, o Ministério da Saúde implementou a vacina tetravalente contra o HPV para as meninas de 9 a 13 anos em todo o Brasil. Esta vacina protege contra alguns subtipos do HPV, mas não contra todos os subtipos oncogênicos da doença.
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