Neste sábado, 27 de setembro, comemora-se o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Para celebrar a data será realizada uma caminhada pelo centro de Teixeira de Freitas.

A caminhada sairá às 8 horas, da praça da antiga prefeitura até a Praça da Bíblia, onde à noite terão atrações culturais e musicais em continuação às comemorações.

Quem está organizando a caminhada é a OPO - Organização de Procura de Órgãos do Extremo Sul da Bahia, que funciona no Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, com o apoio de famílias e amigos de doadores.

A caminhada tem como objetivo chamar a atenção da necessidade e da possibilidade de ser um doador de órgão, e também sensibilizar as famílias e os doadores quanto à importância do diálogo sobre essa decisão.

Tina Maria Figueiredo, mãe de um doador de órgão, o João Luiz de Almeida, um jovem de 25 anos que teve morte encefálica após cair de skate em abril de 2013, disse que a vontade do filho era ser um doador. Ele já era doador de medula óssea e doador voluntário de sague.

Tina falou como foi decidir sobre a vontade do filho. Ela explicou que não conhecia sobre o assunto, e teve que aprender em apenas 48 horas, entre o acidente e o atestado de morte encefálica, sobre o que é, como é, e qual é o processo da doação de órgãos.

Hoje, com o apoio da família, Tina luta pela doação de órgãos. Segundo ela, com a morte de João Luiz ela entendeu que a doação é uma causa mais que justa e necessária. Segundo ela, o mais importante é disseminar o conhecimento.

Ela relata que, na época, o que facilitou foi saber da vontade do filho, por isso a importância de que todos conheçam como funciona a doação de órgão, "pois falo com tranquilidade que foi confortante saber que através daquela dor tinha uma possibilidade de vida”,comentou.

Tina não conheceu quem recebeu os órgãos do filho. Para ela isso não importa. Apenas o gesto foi o suficiente e o mais importante. "É muito gratificante saber que o meu filho pôde salvar a vida de alguém”, disse Tina.

Em Teixeira de Freitas a OPO realiza ações como palestras em escolas, comunidades e instituições, sobre a conscientização de doação de órgãos.

O Ministério da Saúde lançou uma campanha com o slogan "Seja doador de órgãos e avise sua família. Sua família é a sua voz”.

Pode ser doador qualquer pessoa que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado e da medula óssea ou do pulmão, desde que não prejudique sua saúde. De acordo com a legislação, parentes até o quarto grau podem ser doadores; os não parentes, somente com autorização judicial. Nos casos dos doadores falecidos, é preciso a constatação de morte encefálica - geralmente vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral (AVC).