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A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo identificou um cabo da corporação como o atirador responsável pela morte de um delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O crime ocorreu em um momento em que o delator, cuja identidade está sendo mantida sob sigilo, se preparava para embarcar em um voo internacional.
O caso veio à tona durante a operação “Prodotes”, desencadeada nesta quinta-feira (16) pela Corregedoria da PM. A operação tem como objetivo a prisão de policiais militares envolvidos com o PCC. Ao todo, foram expedidos 15 mandados de prisão preventiva, que incluem dois tenentes e 13 praças, além de sete mandados de busca e apreensão em endereços na capital paulista e na Grande São Paulo.
A investigação apontou que os policiais alvos da operação mantinham relação estreita com a facção criminosa, facilitando suas atividades ilícitas em troca de propinas e favores. O envolvimento do cabo no assassinato do delator é considerado um dos aspectos mais graves do caso, dado o impacto da ação no combate às atividades criminosas do PCC.
A Corregedoria da PM está trabalhando em parceria com o Ministério Público para garantir que os responsáveis sejam levados à justiça. A operação “Prodotes” representa uma resposta contundente à corrupção dentro da corporação e à infiltração do crime organizado nas instituições de segurança pública.
O governador de São Paulo, em declaração à imprensa, reafirmou o compromisso do Estado com a segurança pública e a tolerância zero com qualquer forma de conluio entre policiais e o crime organizado. “Não há espaço para desvios de conduta na Polícia Militar. Estamos empenhados em garantir que os culpados sejam punidos e que a população tenha plena confiança nas nossas forças de segurança”, declarou o governador.
A operação ainda está em andamento, e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias, conforme a Corregedoria continua a aprofundar as investigações e a buscar a prisão dos demais envolvidos.