A Bahia volta a ser palco de mais um caso brutal de feminicídio. Bárbara Reis foi assassinada a golpes de faca pelo ex-companheiro, Mateus, assessor parlamentar da Câmara de Vereadores de Ilhéus. O crime aconteceu em plena luz do dia, em frente à Policlínica da Conquista, sob o olhar atônito de várias testemunhas. O casal deixa um filho.

Segundo informações, Bárbara estava em casa quando Mateus chegou e a chamou para conversar, eles discutiram, Mateus então se apossou de uma faca e desferiu vários golpes contra a ex companheira que não teve nenhuma chance de defesa.

Após o ataque, Mateus foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia, onde o caso será investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) e pela Delegacia de Homicídios de Ilhéus.

O assassinato de Bárbara não é um episódio isolado — é mais um reflexo alarmante do aumento da violência de gênero no país. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registra, em média, um feminicídio a cada seis horas. Na maioria dos casos, os agressores são homens próximos às vítimas: companheiros, ex-companheiros ou familiares.

A morte de Bárbara Reis reacende a necessidade urgente de discutir políticas públicas eficazes para a proteção das mulheres, especialmente aquelas que tentam romper ciclos de relacionamentos abusivos. Apesar de leis como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, a realidade mostra que muitas mulheres ainda não encontram amparo suficiente do Estado.

Especialistas destacam que a denúncia precoce e o fortalecimento das redes de apoio — como os Centros de Referência de Atendimento à Mulher, casas-abrigo e programas de proteção — são fundamentais para evitar que histórias como a de Bárbara se repitam.

Enquanto familiares e amigos lamentam a perda de mais uma vida, a sociedade é convocada a refletir: até quando o Brasil continuará naturalizando a violência contra as mulheres?

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