Em 2006, o bartender e ator canadense, Matt Wilson, decidiu lançar machados no quintal dos fundos de sua casa como forma de reunir os familiares e amigos. Inicialmente, a equipe contava apenas com oito membros. Treze anos depois, ele lidera um grupo de quatrocentos profissionais que ensinam o esporte a mais de 300.000 pessoas todo ano. Matt é o fundador e CEO da liga BATL (Liga dos Lançadores de Machado do Quintal dos Fundos), a qual opera em mais de vinte localidades da América do Norte.
Após o sucesso no Canadá, foi a vez do esporte conquistar os americanos. Diversos vídeos na internet passaram a circular com famosos e anônimos praticando o arremesso de machado, o que impulsionou uma grande repercussão na internet pelo mundo. Impressionados com a prática, os brasileiros também entraram na onda, e assim surgiu a primeira casa especializada na prática de arremesso de machado no país, a Hatchet House Brasil. Fundada por cinco empresários, ela fica na região da Vila Olímpia, em São Paulo. “Os brasileiros estão buscando cada vez mais esportes diferenciados ao mesmo tempo que buscam alternativas para diversão e lazer, então nosso objetivo é disseminar essa atividade prazerosa e única”, diz Roberto Darienzo, um dos idealizadores.
Como funciona
A prática é simples: consiste em atirar um machado em um alvo de madeira a uma distância de 12 pés (3,66 metros). Cada parte do alvo possui uma pontuação: o maior vale 1 ponto, o segundo maior vale 2 pontos, o terceiro 3 e o quarto 4. Um círculo vermelho que fica bem no meio vale 6 pontos.
Dois pontos azuis pequenos que ficam mais próximos do topo valem 10 pontos, porém, o jogador só pode tentar acertá-los na última rodada e precisa avisar que irá tentar um “killshot” antes de jogar o machado. Caso ele não acerte esses alvos, não ganha nenhum ponto.
Para quem tem receio por acreditar que não leva jeito para o esporte, tanto antes como durante a partida, uma equipe de instrutores treinados auxiliam os jogadores e explicam as técnicas para acertar o alvo, além de garantir a segurança no local. “É um jogo muito dinâmico e divertido que trabalha a questão de concentração e técnica, não sendo importante a força física do jogador, tanto que o esporte é igualmente praticado entre homens e mulheres além de liberar endorfina”, afirma Darienzo.