Moradores de Teixeira de Freitas, ligados a Associação de Desenvolvimento Comunitário da União Operária de Teixeira de Freitas e Adjacências (ADEUNO), ocuparam na noite de quarta feira, 1º de fevereiros, uma área de terra em frente ao IFBahiano, ás margens da BR 101.

Segundo Monique Gabriela da Silva Pereira, uma das coordenadoras do movimento, já foram cadastradas 1800 pessoas e neste domingo, o movimento pretende cadastrar de 500 a 800 pessoas que já estão com o nome na lista de espera.

A ocupação é organizada por grupos de 20 pessoas cada, e cada grupo tem um coordenador. Monique explicou que os movimentos sociais vem crescendo muito no país e a ocupação se deu porque as pessoas não tem casa para morar, e como a terra estava sem ocupação eles resolveram invadir.

A coordenadora explicou que á área invadida faz parte de um módulo da Grendene, está cadastrada na prefeitura como tal, depois da ocupação apareceu um fazendeiro que disse ser dono da área, apresentando inclusive, documentos que comprovam o fato. O jurídico do movimento foi consultado e ainda segundo Monique, se o fazendeiro realmente comprovar que é dono da terra e comprovar que os impostos estão pagos, eles desocupam, mas se ficar comprovado que é da Grendene, ela está obsoleta, então eles vão manter a ocupação.

Monique fez questão de afirmar que a ocupação não tem nada a ver com a ocupação da Grendene, “Rosa de Luxemburgo”, a UDEUNO foi criada  como forma de melhorar o movimento social. Com sede na Urbis, a associação tem 22 diretores, sendo; Adelino dos Santos- Presidente ,Monique Gabriela da Silva Pereira, Valdir Conceição, Nivaldo Costa, Belarmino de Jesus, Gilmara Ribeiro, Orlando, Welligton,  Romário, Michelle, mais conhecida como Patrícia e  Luiz são alguns dos diretores da associação.

Também conversamos com algumas pessoas que estão acampados e eles disseram que estão lá porque não tem casa própria e a invasão é o meio que vai ajuda-los a conseguir uma moradia.

 Antonio Carlos Rodrigues da Silva é pai de três filhos, mora no bairro Ulisses Guimarães e disse que está desempregado por isso foi em busca de um terreno par construir uma casa para abrigar sua família.

O mesmo disse Maria Aparecida, mãe de um filho, cria três sobrinhos, filhos de uma irmã que morreu, segundo ela não tem como trabalhar pois precisa cuidar da crianças e a invasão é a única maneira de poder construir uma casinha par abrigar seus filhos.

Já o senhor José Fernandes da Silva de 65 anos, é pai de 5 filhos, e,  segundo ele, está ali para garantir um terreno para os filhos que não tem casa própria.