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Área de preservação é desmatada para construção e condomínio em Teixeira de Freitas

Desmatamento área de Preservação Ambiental

Por Neuza em 16/03/2017 às 20:20

A ganância do ser humano não tem limites, e para alcançar seus objetivos os homens usam de todas as atitudes possíveis, sejam elas legais ou ilegais, para atingir seus propósitos.

Nos últimos anos a cidade de Teixeira de Freitas viu seu espaço urbano ser invadido por condomínios, alguns de luxo, outros mais simples, construídos nos quatro cantos da cidade, e muitas vezes, em área de preservação permanente, muitos até matam as nascentes que ainda existiam para atingir seus objetivos gananciosos, e as autoridades e os administradores que deviam proteger o meio ambiente, parecem que nada veem.

Nesta quarta feira (15) recebemos uma denuncia de um desmatamento numa área de preservação que fica em frente ao Campo Floresta, ao lado do Rio Itanhém, e fomos investigar. O que vimos nos deixou tristes. Uma grande área já foi derrubada e queimada não deixa dúvidas quando ao crime ambiental ali praticado.

Em meio a tanta destruição ainda dá para ouvir o canto dos pássaros e o voo solitário de alguma borboleta, é como se os animais estivessem gritando, pedindo socorro, em meio á desolação da terra dilacerada. Desmatar área de APP é crime, segundo o atual Código Florestal, Lei nº12.651/12:

II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;


O Código Florestal atual, no seu art. 4º, estabelece como áreas de preservação permanente:

I - as faixas marginais de qualquer curso d'água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:a) 30 (trinta) metros, para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;


Comprovando a denúncia, entramos em contato com o secretário de Meio Ambiente, o Sr. Marcelo Matos da Silva, ele nos disse que tomou conhecimento do problema através do Ministério Público. De posse da notificação, o secretário se deslocou até o local onde comprovou o fato.

Marcelo disse que já entrou em contato com o Sr. Nilson Costa Merino, proprietário da área e que agendou uma reunião para á tarde desta quinta feira (16). O secretário também falou que vai enviar um topógrafo para fazer o levantamento da área de APP, ficando comprovado que o desmatamento adentrou a área de preservação, serão tomadas todas as medidas cabíveis, inclusive o reflorestamento da área.

Enquanto a ganância do homem avança, o Rio Itanhém encolhe em lenta agonia, o que antes era um rio caudaloso, hoje o que se vê é um leito morto onde apenas um pequeno corredor de água, luta para sobreviver. O desmatamento da área de preservação está a mais ou menos 20 metros do leito do rio.


Fonte: Neuza Brizola/Portaldoextremosul

Tags:   Teixeira desmatamento APP
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