
Com a proximidade da chegada do verão, que iniciará em 21 de dezembro, as temperaturas já começaram a subir em todo Brasil. O calor, típico desta época do ano, aumenta consideravelmente o risco de incêndios florestais por reduzir a umidade do ar e da vegetação, tornando-os mais inflamáveis e facilitando a propagação das chamas.
Uma forma de prevenir os incêndios e também conter o fogo é a criação de aceiros. A técnica é uma das alternativas que vem sendo adotada pela Suzano - maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto - no trabalho de prevenção e combate aos incêndios em suas áreas plantadas e de preservação ambiental.
Somando os estados do Espírito Santo e Bahia, a Suzano já abriu mais de 6 mil quilômetros de aceiros como parte de uma estratégia contínua de prevenção ao fogo. O supervisor de Segurança Patrimonial da empresa, Juliano Juremeira, explica que "os aceiros consistem em faixas de terra limpas de vegetação, com o objetivo de dificultar ou interromper a propagação do fogo. As áreas mapeadas pela empresa são regiões críticas, como áreas de vegetação seca, pastagens, próximas a rodovias, de propriedades rurais vizinhas, de matas nativas, entre outras".
Além de abrir os aceiros, a empresa também orienta os produtores rurais a tomarem medida semelhante para proteger as suas propriedades. No entanto, Juliano esclarece que o aceiro necessita de manutenção constante, pois deve ser mantido limpo para eliminar qualquer material que favoreça a propagação do fogo, como galhos de árvores e lixo. Os trabalhos de prevenção aos incêndios da Suzano são importantes não apenas para proteger as plantações de eucalipto, mas também para a manutenção e conservação das florestas nativas da região. No Espírito Santo, a Suzano possui cerca de 106 mil hectares de áreas de conservação florestal, e na Bahia mais de 110 mil hectares.
Conforme a legislação brasileira (decreto 47.700/2003), existem diferentes tipos de aceiros, cada um com características e finalidades específicas. São eles: Aceiros preventivos (criados antes de qualquer foco de incêndio, como medida de precaução); aceiros de combate (construídos de forma emergencial, durante um incêndio); aceiros fixos (aqueles mantidos permanentemente); e os aceiros móveis (criados de forma temporária e modificados conforme a necessidade). "Independentemente do tipo de aceiro, o mais importante é a manutenção e limpeza frequentes, para que eles tenham eficácia", ressalta Juliano.
