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271 casos de microcefalia na Bahia. Ministério da Saúde divulga dados atualizados

Por Neuza em 30/12/2015 às 05:51

Estão em investigação 2.975 casos suspeitos da doença em 656 municípios de 20 unidades da federação; Bahia apresenta 271 casos, número menor do que o divulgado pela Sesab.

 

O último boletim epidemiológico do ano sobre microcefalia foi divulgado pelo Ministério da Saúde na tarde desta terça-feira (29). De acordo com o boletim, a Bahia é o terceiro estado a apresentar números alarmantes da doença, com 271 casos. Entretanto, o número divulgado pelo ministério é menor do que o levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em que o número de notificações da doença já chegou a 312 no estado e 10 mortes estão sendo investigadas.  

Os dados do Ministério da Saúde foram compilados até o dia 26 de dezembro. Até o momento, foram notificados 2.975 casos suspeitos da doença em recém-nascidos de 656 municípios de 20 unidades da federação. Também estão sendo investigados 40 óbitos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. Das 20 unidades da federação com casos suspeitos, nove permaneceram com número de casos suspeitos iguais ao Boletim anterior divulgado na semana passada (22/12). Três estados (TO, MG e MT) apresentaram diminuição de casos e oito apresentaram aumento de casos.

Sintomas em bebês com microcefalia (Arte Correio)

 

O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (1.153), o que representa 38,76% dos casos de todo o país. O estado foi o primeiro a identificar aumento de microcefalia no país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94) e Piauí (51).

Em novembro, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações, que estão sendo realizadas de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde. Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento.

Larvicidas
Em dezembro, foram enviados larvicidas aos estados do Nordeste e Sudeste, o suficiente para tratar um volume de água equivalente a 3.560 piscinas olímpicas. São mais 17,9 toneladas do produto utilizado para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti. O quantitativo é suficiente para proteger 8,9 bilhões de litros de água e corresponde à demanda apresentada pelas próprias Secretarias Estaduais de Saúde, levando em consideração a situação epidemiológica local e o histórico de consumo.

 

Mobilização
Foi instalada a Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à microcefalia para execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. Serão instaladas salas estaduais, que contarão com a presença de representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública, Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas. Objetivo é intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. 

Atualmente, estão implantadas salas em 18 unidades da federação: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Ceará. Outros quatro estados estão em fase de implantação da sala: Pará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo.

Orientação
Gestantes devem adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores da doença. O Ministério da Saúde recomenda a eliminação de criadouros, além de que as grávidas devem se proteger da exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Também faz parte destas orientações o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. 


 

Fonte: Correio

Tags:   Bahia
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