Estão em investigação 2.975 casos suspeitos da doença em 656 municípios de 20 unidades da federação; Bahia apresenta 271 casos, número menor do que o divulgado pela Sesab.
O último boletim epidemiológico do ano sobre microcefalia foi divulgado pelo Ministério da Saúde na tarde desta terça-feira (29). De acordo com o boletim, a Bahia é o terceiro estado a apresentar números alarmantes da doença, com 271 casos. Entretanto, o número divulgado pelo ministério é menor do que o levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em que o número de notificações da doença já chegou a 312 no estado e 10 mortes estão sendo investigadas.
Os dados do Ministério da Saúde foram compilados até o dia 26 de dezembro. Até o momento, foram notificados 2.975 casos suspeitos da doença em recém-nascidos de 656 municípios de 20 unidades da federação. Também estão sendo investigados 40 óbitos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. Das 20 unidades da federação com casos suspeitos, nove permaneceram com número de casos suspeitos iguais ao Boletim anterior divulgado na semana passada (22/12). Três estados (TO, MG e MT) apresentaram diminuição de casos e oito apresentaram aumento de casos.
Sintomas em bebês com microcefalia (Arte Correio) |
O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (1.153), o que representa 38,76% dos casos de todo o país. O estado foi o primeiro a identificar aumento de microcefalia no país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94) e Piauí (51).
Em novembro, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações, que estão sendo realizadas de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde. Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública. Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento.
Atualmente, estão implantadas salas em 18 unidades da federação: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Ceará. Outros quatro estados estão em fase de implantação da sala: Pará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo.
Também faz parte destas orientações o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico.