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27 de setembro - Dia Mundial da Doação de Órgãos): 'Vozes da Espera' visa conscientizar e captar novos doadores

Neste 27 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Doação de Órgãos. Para conscientizar sobre o impacto do tempo nos pacientes que agua

Por Neuza em 27/09/2016 às 07:43

Para conscientizar sobre o impacto do tempo nos pacientes que aguardam a sua vez na fila do transplante, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), em parceria com o Grupo RÁI, lança a campanha ‘Vozes da Espera’. O objetivo é mostrar, de forma sensível e delicada, a importância do tempo para quem aguarda receber um novo órgão.

As mensagens de espera telefônica de grandes empresas do país foram substituídas por histórias contadas por pacientes. Enquanto, do outro lado da linha, a espera será breve, a destas pessoas já dura anos e sem previsão para um fim.


 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS (ABTO), EM PARCERIA COM O GRUPO RÁI,

LANÇA CAMPANHA PARA O DIA MUNDIAL DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Os mais de 42 mil brasileiros que esperam por um órgão sabem o quanto é difícil encontrar o doador ideal. Embora o país tenha o maior sistema público de transplantes do mundo, com mais de 20 mil cirurgias realizadas anualmente, o Brasil ainda está abaixo da meta de 16 doadores por milhão, segundo levantamento do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

 

Para ressaltar a importância da doação de órgãos, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em parceria com o Grupo RÁI – um dos maiores grupos independentes de comunicação do Brasil –, lança a campanha para o Dia Mundial da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro.              

 

Com o tema ‘Vozes da Espera’, a ação destaca um viés pouco abordado sobre a doação de órgãos ao ressaltar a angústia que é aguardar o novo órgão para o transplante. Como exemplo da dimensão desse tempo, as mensagens de espera telefônica de grandes empresas do país foram substituídas por histórias contadas por pacientes, na voz deles mesmos, tranquilizando o ouvinte. Afinal, enquanto do outro lado da linha a espera será breve, a destas pessoas já dura anos e sem previsão para um fim.

 

De acordo com o presidente da ABTO, Dr. Roberto Manfro, a doação de órgãos ainda é um tabu no Brasil. “Neste ano, mais de 40% das famílias não consentiram com a doação dos órgãos de seus familiares com morte encefálica. Isso significa que mais de 3 mil transplantes não foram feitos no país”, explica.

 

Os números, de fato, são alarmantes e revelam também o desconhecimento dessa realidade. “Nós temos dezenas de milhares de pessoas esperando por um órgão a ser transplantado. A Associação Brasileira de Transplante de Órgãos tem como objetivo principal educar a população e instrumentalizar a sociedade no sentido de o quão importante é a doação e o quão importante são os transplantes”, complementa o executivo da ABTO.

 

A iniciativa visa desmistificar a doação de órgãos. A falta de informação, a recusa familiar ou questões religiosas estão entre os fatores responsáveis pela demora do transplante. “Muito se fala sobre a doação em si. Mostrar que o tempo é precioso para quem aguarda um novo órgão vai chamar a atenção para este ponto pouco explorado: essa longa espera”, garante o diretor de Criação da RÁI, Marcelo Moura.

 

Com criação de Ben Araújo e Vinicius Bertollini, da RÁI, a campanha disponibiliza em seu hotsite www.vozesdaespera.com.br os vídeos completos das histórias dos pacientes, onde é possível assistir e compartilhar os filmes, bem como esclarecer dúvidas frequentes sobre a doação de órgãos, declarar-se um doador e até disseminar a própria atitude. Além disso, o site permite que empresas que tenham o interesse em implementar as vozes dos pacientes em seus sistemas de atendimento façam o download ali mesmo.

 

Sobre a doação de órgãos no País

São Paulo é o estado com mais doadores, mas, proporcionalmente, Santa Catarina, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul têm mais doadores cadastrados. Em números absolutos, a maior fila é para receber córneas e rim, seguida de fígado, coração, pulmão, pâncreas e intestino. No entanto, não são todos os órgãos doados que podem ser aproveitados. Além das complicações relacionadas à saúde do paciente, o processo exige uma série de cuidados e infraestrutura para que o procedimento seja realizado em tempo e com segurança.

 

Fonte: Gabriela Conde

Tags:   Saúde transplante Brasil
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